Republicanos vai convocar Douglas Garcia para se explicar sobre agressão a jornalista
Partido repudiou ameaças do deputado estadual contra Vera Magalhães e vai avaliar ‘eventuais medidas concretas’ contra o parlamentar
O Republicanos vai convocar o deputado estadual Douglas Garcia para “dar suas explicações” a respeito dos ataques à jornalista Vera Magalhães, ocorridos nesta terça-feira, 13, durante o debate da TV Cultura. Em nota, a legenda disse repudiar as atitudes do parlamentar por São Paulo, reforçou que não compactua com a abordagem do deputado e que vai avaliar “eventuais medidas concretas”. “Nunca o partido agrediu de nenhuma maneira qualquer pessoa”, diz comunicado da executiva estadual, divulgado nesta quarta-feira, 14, que também reafirma que a conduta do partido é pautada no conservadorismo pela “via do diálogo, respeito às instituições e pessoas e bom senso”. Como a Jovem Pan mostrou, Douglas Garcia, candidato a deputado federal pela legenda, protagonizou uma ofensas e intimidações contra a apresentadora do Roda Viva nos bastidores do segundo debate entre candidatos ao Governo do Estado de São Paulo, chegando a afirmar que a jornalista é uma “vergonha para o jornalismo brasileiro”. A atitude foi repudiada por colegas da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que pedem cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar, assim como por presidenciáveis e outros candidatos, como o ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) que disse lamentar “profundamente” a conduta do colega de partido. “Essa é uma atitude incompatível com a democracia e não condiz com o que defendemos em relação ao trabalho da imprensa”, afirmou Tarcísio, candidato em São Paulo. Apesar da repercussão negativa, Douglas Garcia afirmou que “não se arrepende absolutamente de nada”. Nas redes sociais, ele comentou sobre as representações apresentadas contra ele no Conselho de Ética e disse receber “com tranquilidade”. “Já perdi as contas de quantas foram e ser processado e atacado pelo PT me orgulha. Diferente do PT e de sua cúpula, meus processos são por falar e não por corrupção”, reforçou.
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