‘Se o Brasil não tivesse o Centrão, seria uma Argentina’, afirma Arthur Lira

Presidente da Câmara dos Deputados ressaltou a importância do grupo para o equilíbrio do cenário político brasileiro e para que o governo Lula consiga passar medidas no Congresso

  • Por Jovem Pan
  • 07/08/2023 13h19
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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados O presidente da Câmara, Arthur Lira Em meio a debates sobre a reforma ministerial do governo, Lira afirmou que está no aguardo de uma decisão de Lula 

Nesta segunda-feira, 7, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), defendeu os partidos que compõe o Centrão e a participação deles nas votações da Casa. O grupo é composto por legendas sem orientação ideológica específica, que buscam manter uma proximidade com o poder executivo para garantir vantagens políticas. Lira tem se consolidado como um importante articulador política na Câmara, sendo essencial para aprovar medidas de interesse do governo, como a reforma tributária e o arcabouço fiscal. Em entrevista a uma rádio em Maceió, o parlamentar negou ser apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e ressaltou a importância do Centrão no cenário político brasileiro. “Muitos falavam assim: o deputado Arthur Lira é sustentáculo do governo Bolsonaro, é quem dá apoio. Mas qual era o ministério que a gente tinha no governo Bolsonaro. Qual espaço? Nunca prezei por isso. Muitas vezes que falam que Lira quer a saúde, o Centrão quer aquilo. É importante dizer que, se o Brasil não tivesse o Centrão, seria uma Argentina”, declarou.

Em meio a debates sobre reforma ministerial do governo, Lira afirmou que está no aguardo de uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Contudo, ele destacou que o tema demanda bastante reflexão, por conta da necessidade de formar uma base política que consiga aprovar medidas na Casa. “No tempo de vontade dele, o presidente vai fazer as indicações, ele é experiente e deverá apurar essa dificuldade”, disse em entrevista à rádio Mix FM. “O ministério dele foi feito com base na PEC da transição, ele não balanceou Câmara e Senado: tem bastante Senado nos ministérios, e pouca Câmara. Tem partidos com 30 deputados que têm ministérios; tem partidos com 50 que não tem nenhum ministério. Se o critério do governo é acomodação de partidos na Esplanada, está desequilibrado”, complementou.

 

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