Sebastião Melo e Maria do Rosário vão disputar segundo turno polarizado em Porto Alegre

Atual prefeito tem o apoio de Jair Bolsonaro, enquanto petista é a candidata de Lula na capital gaúcha; enchente deve ser o principal tema do pleito

  • Por da Redação
  • 06/10/2024 19h45 - Atualizado em 06/10/2024 19h52
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Montagem: Estadão Conteúdo Sebastião Melo, do MDB, e Maria do Rosário, do PT Sebastião Melo, do MDB, e Maria do Rosário, do PT

Sebastião Melo (MDB), atual prefeito de Porto Alegre, e Maria do Rosário (PT), deputada federal, disputarão o segundo turno das eleições municipais no dia 27 de outubro. Com 99,74% das urnas apuradas, Melo obteve 49,72% dos votos válidos, enquanto Maria do Rosário ficou com 26,27%. Juliana Brizola (PDT) ficou em terceiro lugar, com 19,70%. Felipe Camozzato (Novo), Carlos Alan da Silva (PRTB), Fabiana Sanguiné (PSTU), Cesar Pontes (PCO) e Luciano do MLB (UP), também participaram da disputa. A eleição reflete a polarização política nacional. Melo tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e uma aliança de partidos que vai do centro à direita mais conservadora, incluindo PL, PP, PSD e Republicanos.

O ex-presidente, no entanto, não participou ativamente da campanha, limitando-se a um evento na convenção do PL. A vice de Melo, tenente-coronel Betina Worm, também reforça essa ligação com Bolsonaro. Maria do Rosário, por outro lado, responsabilizou Melo pelas enchentes de maio, a maior tragédia climática da história de Porto Alegre. Ela acusou o prefeito de não fazer a manutenção adequada do sistema de drenagem e de cortar investimentos no Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Melo defendeu que o problema é histórico e que obras de prevenção dependem de apoio federal.

A deputada federal busca transferir o apoio que Lula obteve em Porto Alegre nas eleições de 2022, quando venceu Bolsonaro na cidade com sete pontos de vantagem. Maria do Rosário é apoiada por partidos de esquerda como PSOL, PCdoB, PSB e Rede. Durante a campanha, destacou a parceria com o governo federal para ajudar na reconstrução da cidade após as enchentes. Esta é a segunda vez que ela concorre à prefeitura. A primeira foi em 2008, quando perdeu no segundo turno para José Fogaça (MDB). Ela também já foi ministra da Secretaria de Direitos Humanos no governo Dilma Rousseff.

Melo, por sua vez, tem uma longa trajetória política em Porto Alegre. Foi vereador por três mandatos e vice-prefeito na gestão de José Fortunati. Tentou a prefeitura pela primeira vez em 2016, mas perdeu para Nelson Marchezan Júnior. Em 2020, venceu Manuela D’Ávila (PCdoB) e foi eleito prefeito. No segundo turno, Maria do Rosário tentará ampliar seu apoio entre os eleitores de esquerda, enquanto Melo busca consolidar sua liderança, apesar das críticas pela tragédia das enchentes. O resultado da eleição será decisivo para definir os rumos de Porto Alegre pelos próximos quatro anos.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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