Sérgio Cabral e seis colegas de prisão serão transferidos para Bangu-1

Inspeção na unidade onde ex-governador, condenados por morte de juíza e outros estavam encontrou sacola com grande quantidade de dinheiro em espécie

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2022 18h04 - Atualizado em 03/05/2022 23h08
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CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral quando chegou de algemas para exames no Instituto Médico-Legal de Curitiba (PR) em 19 de janeiro Sérgio Cabral sofreu condenações em diversos processos por corrupção

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e seis de seus colegas de prisão serão transferidos do Batalhão Especial Prisional (BEP) para a Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, também conhecida como Bangu-1, após a constatação de irregularidades e regalias. O juiz-corregedor da Vara de Execuções Penais (VEP), Bruno Rulière, determinou nesta segunda, 2, que Cabral, o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira e o tenente Daniel Benitez, condenados pela morte da juíza Patrícia Acioli, e outros detidos deixem a unidade exclusiva para policiais militares, como forma de punição por ter sido encontrado uma sacola com R$ 4 mil em espécie próxima a Cabral, Oliveira e Benitez, além de cigarros de maconha e notas fiscais de um banquete de comida árabe no valor de R$ 1,5 mil, em fiscalização surpresa realizada na detenção.

Segundo imagens captadas pela VEP, a sacola teria sido jogada para fora da cadeia pelo soldado da Polícia Militar Cleiton de Oliveira Guimarães, que é acusado de ter cometido um homicídio numa briga de trânsito em 2018. Um pouco antes, perto de onde ele estava, se encontravam Cabral e Oliveira. Na cela do ex-governador, ainda foram encontrados toalhas bordadas com o nome do político, talheres de inox e uma prateleira com fundo falso, que seria utilizada para esconder aparelhos celulares. Além dos quatro já citados, serão transferidos o vereador Mauro Rogério Nascimento de Jesus, o ‘Maurinho do Paiol’, que é PM inativo; os capitães Marcelo Baptista Ferreira e Marcelo Queiroz dos Anjos.

Em nota, a defesa de Cabral e dos policiais militares, realizadas pela advogada Patrícia Proietti, afirma estar perplexa por antes não ter sido aberto um procedimento administrativo disciplina, o que teria impedido os defensores de ter acesso às razões que embasam a decisão, e afirma que há apenas suposições, sem embasamento ou provas. Também diz haver risco de vida e à integridade física deles ao serem colocados em um presídio ocupado por pessoas que eles prenderam ou que foram presas em suas gestões, e que irá recorrer da decisão.

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