STF forma maioria e não irá estipular prazo para Lira analisar pedidos de impeachment

Ministra Cármen Lúcia alegou que não há embasamento jurídico que defina tempo de análise das solicitações ao presidente da Câmara; presidente Jair Bolsonaro é alvo de mais de 140 pedidos

  • Por Jovem Pan
  • 20/05/2022 21h22 - Atualizado em 20/05/2022 21h23
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Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados Deputado federal Arthur Lira Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, foi reeleito ao cargo de mandatário da casa no último dia 1º de fevereiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na votação que analisa a determinação de um prazo para que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), analise os pedidos de impeachment apresentados contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). A maioria dos ministros se posicionaram de maneira contrária à ação. No plenário virtual, os magistrados apresentam o seu voto de maneira remota. A relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, votou pela rejeição do requerimento e afirmou que não há embasamento jurídico que obrigue o mandatário legislativo a analisar as solicitações de afastamento do presidente da República.

“No ordenamento jurídico vigente, inexiste norma assecuratória da pretensão de processamento automático ou com prazo estabelecido sobre processamento de pedido de impeachment por denúncia de crimes de responsabilidade”, afirmou a magistrada. Acompanharam o voto da relatora os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Luiz Edson Fachin e Ricardo Lewandowski. O requerimento foi apresentado pelo deputado estadual Rui Falcão (PT-SP) e pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Dados da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara informam que, atualmente, há 144 pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

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