Suposto espião russo preso em Brasília tem pena reduzida e deve deixar a prisão; Dino diz que ele não será extraditado agora
Tribunal Regional Federal da 3ª Região decidiu reduzir a pena para cinco anos e dois meses, permitindo que ela seja cumprida inicialmente em regime semiaberto
Sergey Cherkasov, suposto espião russo preso em Brasília desde abril de 2022, teve sua pena reduzida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região e pode sair da prisão nos próximos dias. A decisão foi tomada pela Quinta Turma da Corte. Cherkasov foi condenado em primeira instância a pouco mais de 15 anos de prisão por uso de documento falso. O tribunal decidiu reduzir a pena para cinco anos e dois meses, permitindo que ela seja cumprida inicialmente em regime semiaberto. Em território brasileiro, ele usava a identidade e Victor Muller Ferreira, brasileiro nascido em Niterói (RJ) em 4 de abril de 1989. Ele se apresentava como filho de uma brasileira com um português e afirmava ter sido criado na Argentina. Ele embarcou para os Estados Unidos em 2018 ara cursar uma pós-graduação em relações internacionais, se passando por brasileiro, e por lá ficou 5 anos. Ele se preparava para estagiar no Tribunal Penal Internacional em Haia, na Holanda, mas foi deportado.
Pelo Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que Cherkasov não será extraditado agora. “Quanto ao cidadão russo Serguei Vladimirovich Cherkasov, esclareço que o parecer técnico do Ministério da Justiça, acerca de dois pedidos de extradição, está embasado em Tratados e na Lei 13.445/2017. No momento, o citado cidadão permanecerá preso no Brasil”, escreveu o ministro. A dcisão foi tomada em meio a uma queda de braço entre Rússia e Estados Unidos. Ambos pediam a extradição do suposto espião.
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