Tarcísio de Freitas anuncia que ex-coronel da Rota será o vice de Ricardo Nunes nas eleições de São Paulo

Escolha foi feita após indicação Jair Bolsonaro, apesar de resistências iniciais; Ricardo Mello Araújo presidiu a Ceagesp durante a gestão do ex-presidente no governo federal

  • Por da Redação
  • 21/06/2024 17h49 - Atualizado em 21/06/2024 18h02
Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes participam do anúncio da extensão da Linha 5-Lilás do Metrô

O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou que o ex-coronel da Rota e ex-presidente da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), Ricardo Mello Araújo (PL), será o vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB) que concorrerá à reeleição. A escolha foi feita após indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em janeiro, apesar de resistências iniciais. Nunes revelou que inicialmente não simpatizava com Araújo, mas com o tempo — e através de um “processo democrático de diálogo” —, passou a apoiar o nome. A escolha enfrentou resistências dentro da base aliada e até mesmo do próprio prefeito, que preferia esperar até julho para definir o vice. A pressão aumentou após a entrada do coach Pablo Marçal (PRTB) na disputa eleitoral. O anúncio foi feito durante um evento na zona sul de São Paulo, sobre a extensão da Linha 5-Lilás do Metrô até o Jardim Ângela.

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O governador Tarcísio de Freitas, que antes defendia a autonomia do prefeito na escolha do vice, passou a apoiar publicamente Araújo, desempenhando um papel crucial para a decisão final. O União Brasil, uma das maiores legendas da coligação de Nunes, demorou a aceitar Araújo como vice, mas um acordo foi fechado para apoiar a eleição da mesa diretora da Câmara Municipal em 2025. Nunes afirmou que sua demora em anunciar o vice era devido à sua preferência pelo diálogo democrático, ao contrário de seu adversário Guilherme Boulos (PSOL), que escolheu Marta Suplicy (PT) por indicação de Lula (PT). Entretanto, havia outros motivos para a resistência. Um deles é que o prefeito tem reforçado a ideia de que é apoiado por uma “frente ampla”, agregando tanto partidos da direita quanto de centro. Havia o receio de que um vice tão próximo a Bolsonaro pudesse afetar seu desempenho no segundo grupo.

Publicada por Felipe Cerqueira

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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