TRE-RJ indefere registro de candidatura de Wilson Witzel por unanimidade

Ex-governador do Rio era candidato pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB); ex-juiz pode recorrer da decisão ao TSE

  • Por Jovem Pan
  • 08/09/2022 19h21
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Jefferson Rudy/Agência Senado wilson witzel na cpi da covid 19 TRE-RJ indefere registro de candidatura de Wilson Witzel

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) indeferiu, por unanimidade, nesta quinta-feira, 8, o registro da candidatura de Wilson Witzel (PMB) ao governo do Rio de Janeiro – todos os sete membros do colegiado votaram contra o então postulante ao Palácio do Guanabara. O ex-governador do Rio de Janeiro ainda pode recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sua esposa, Helena Witzel, filiada ao PMB, também teve sua candidatura a deputada federal indeferida. A Procuradoria Regional Eleitoral havia solicitado a impugnação da candidatura de Witzel em agosto, sob o argumento de que, ao sofrer impeachment, o ex-juiz teve os seus direitos políticos cassados por cinco anos, o que o impede de exercer qualquer função pública neste período. Quando foi foi condenado à perda de mandato e ao não exercício de qualquer função pública por cinco anos. Ao longo de todo processo, julgado pelo Tribunal Misto do Rio de Janeiro, pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), ele teve, em uma contagem geral, 140 votos contrários e apenas um favorável.

Witzel foi eleito governador do Rio de Janeiro no pleito de 2018, com 59,87% dos votos e iniciou sua gestão em janeiro de 2019. O político neófito, que chegou ao poder na onda bolsonarista que varreu o Brasil na última eleição, foi afastado do cargo em agosto de 2020 por decisão do STJ em razão de suspeitas de corrupção. Na época, o ex-juiz foi acusado de fraudes no acordo com duas organizações sociais. Uma delas foi responsável pelos hospitais de campanhas destinados ao tratamento de pacientes com Covid-19. Em 2021, o Tribunal Especial Misto do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, por unanimidade, pelo impeachment do até então governador do Estado. Em abril de 2021, sofreu impeachment por decisão unânime do TJ-RJ, mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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