WhatsApp suspende contas do PT criadas para administrar grupos de comunicação de Lula

Rede social ainda não se manifestou sobre o caso; assessoria do PT diz que interrupção foi uma ‘reação’ do aplicativo à intensa movimentação da rede

  • Por Jovem Pan
  • 11/03/2022 14h07 - Atualizado em 11/03/2022 15h44
ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Ex-presidente Lula olhando para o horizonte com uma máscara de proteção vermelha com uma estrela branca. Atrás, logos do PT Portal 'Lulaverso' foi criado para aumentar a presença online do ex-presidente Lula

O WhatsApp suspendeu na última terça-feira, 8, contas de administradores de grupos do PT criados na última semana para a comunicação do ex-presidente Lula, pré-candidato à Presidência da República. A suspensão dos números de telefones foi antecipada pela Folha de S. Paulo e confirmada à Jovem Pan por assessores de Lula. Apesar da postulação do petista não ter sido oficializada, a legenda se prepara para aumentar a presença de Lula nas redes sociais, uma estratégia para “bater de frente” com o seu principal adversário do: o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que contou com a mobilização de apoiadores no WhatsApp, Facebook e Twitter para vencer as eleições de 2018.

Segundo a assessoria de Lula, a interrupção das atividades foi uma reação do sistema do WhatsApp à intensa movimentação dos grupos. Ainda de acordo com a equipe do pré-candidato, já foi explicado ao aplicativo que a movimentação está “dentro das regras”. Não houve outras suspensões e a equipe está trabalhando para recuperar os números. Anunciado na última segunda-feira, 7, o portal “Lulaverso” lançou contas no WhatsApp, no Twitter, no Facebook, no Telegram e no TikTok para divulgar os feitos do ex-presidente durante as suas gestões. Nas plataformas, a comunicação de Lula usa uma linguagem descontraída e memes para atrair os apoiadores de Lula.

No WhatsApp, sempre que a capacidade de participantes de um grupo é alcançada, a equipe de comunicação cria outro. Nesta sexta-feira, 11, o “Lulaverso” conta com 19 grupos, sendo alguns fechados, em que apenas os administradores são autorizados a mandar mensagens, e outros abertos, onde os participantes podem conversar, além de receber os conteúdos enviados pela comunicação do ex-presidente. Procurado pela Jovem Pan, a assessoria do WhatsApp disse que a plataforma “não comenta casos específicos”.

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