Polônia celebra canonização do papa que protagonizou a queda do comunismo
Varsóvia, 27 abr (EFE).- A canonização de João Paulo II é vivida neste domingo com especial intensidade em sua Polônia natal, onde além da figura religiosa, fiéis e não fiéis destacam o papel do que já chamam “padroeiro dos poloneses livres”, em referência a seu protagonismo no fim do comunismo e na chegada da democracia.
De Varsóvia até Cracóvia, onde Karol Wojtyla foi bispo antes de se transformar em pontífice, passando por sua cidade natal, Wadowice, milhares de poloneses assistiram à canonização através das centenas de telões distribuídos pelo país, com suas ruas decoradas com bandeiras nacionais e do Vaticano.
Na Polônia o júbilo é praticamente unânime e as vozes críticas à figura de João Paulo II muito poucas, já que a figura do papa polonês não só é a de um líder religioso, mas também a do artífice da liberdade, considerado um dos pais da democracia após décadas de jugo comunista.
“Nos deu esperança, nos mostrou a luz, temos que agradecer-lhe o que somos hoje, é um santo até para os que não acreditam em Deus”, disse à Agência Efe Marlena, uma das fiéis que decidiu seguir a canonização da praça Pilsudskiego, em Varsóvia, onde o próprio Karol Wojtyla oficiou uma missa durante sua visita à capital polonesa.
Além das missas e da transmissão ao vivo da canonização, em outras cidades como Poznan (oeste da Polônia) o tenor Plácido Domingo oferecerá um concerto hoje em homenagem a João Paulo II, incluindo algumas obras especialmente compostas a partir de poemas do próprio papa.
Em Breslavia (sudoeste) bondes e alguns edifícios públicos mostram entrevistas do pontífice, enquanto na Cracóvia será exibido um espetáculo multimídia nos muros do palácio episcopal. EFE
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