Polônia, Eslováquia e República Checa protestam contra migrantes

  • Por Agência Brasil
  • 12/09/2015 22h32
Ativistas anti-imigração marcham por Gdansk contra a decisão de aceitar refugiados EFE Os dois lados da crise dos refugiados na Polônia

Milhares de pessoas manifestaram-se neste sábado (12) nas capitais da Polônia (Varsóvia), Eslováquia (Bratislava) e República Checa (Praga), cujos governos rejeitam as cotas obrigatórias de refugiados defendidas pela Alemanha e apoiadas pela Comissão Europeia. Em menor volume, as três capitais tiveram também manifestações a favor do acolhimento aos refugiados.

Em Varsóvia, cerca de 5 mil pessoas contrárias ao recebimento de migrantes saíram às ruas portando cartazes com frases como “O Islã é a Morte da Europa”. Apresentando-se como católicos que se opõem à entrada de muçulmanos no país, os manifestantes começaram o protesto com uma oração à Virgem Maria. Na manifestação favorável aos migrantes, o número de participantes era cinco vezes menor.

“Estamos aqui para que a nossa voz chegue ao governo e para que a decisão de acolher os muçulmanos seja abandonada”, disse um dos organizadores do protesto. O governo polonês aceitou receber 2 mil pessoas, embora recuse a lógica das cotas.

Em Bratislava, cerca de 1,5 mil pessoas manifestaram-se no início da tarde contra o acolhimento de migrantes, num protesto convocado pelo movimento anti-islâmico liderado por um militante de extrema-direita, Lukas Kopac, e apoiado pelo partido nacionalista Nossa Eslováquia. “O multiculturalismo é uma utopia, não abram as fronteiras”, lia-se em uma faixa. “Vocês não são bem-vindos, voltem para casa”, lia-se em outra.

Outra manifestação, batizada como “Apelo à Humanidade”, a favor do acolhimento de refugiados, reuniu cerca de 500 participantes na capital eslovaca.

Em Praga, houve também duas manifestações, e a contrária ao acolhimento dos migrantes era bem maior, com cerca de 800 participantes, segundo a polícia. “Mandem-nos para casa” e “Protejam as fronteiras”, lia-se nos seus cartazes, enquanto os oradores apelavam ao governo para se demitir e ao país para sair da União Europeia, à qual aderiu em 2004.

Cerca de 200 pessoas favoráveis à abertura das fronteiras aos migrantes, reunidos nas proximidades do protesto, traziam faixas dando boas-vindas aos refugiados ou declarando que “Migração não é Crime”.

 

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