Polônia nega que Al-Hawsawi tenha estado em prisão da CIA em seu território
Varsóvia, 28 set (EFE).- A justiça da Polônia negou nesta segunda-feira que o saudita Mustafá al-Hawsawi, acusado pelos Estados Unidos de ser um dos cérebros do 11/9, estivesse preso em um centro de detenção ilegal da CIA na Polônia, como garantiram seus advogados.
O tribunal do distrito de Szczytno (nordeste da Polônia) rejeitou hoje o pedido do saudita em uma decisão vinculativa, mas reconheceu a existência de certas evidências que apontam que o jihadista poderia ter sido preso em um dos centros de detenção que a CIA operou na Lituânia.
Hawsawi tinha solicitado às autoridades polonesas o status de vítima de detenção ilegal e abusos nas prisões ilegais que a inteligência americana manteve no país europeu há mais de uma década.
Até o momento a Polônia admitiu que três radicais islâmicos estiveram confinados em dependências da CIA em solo polonês: o saudita Abd al-Rahim al-Nashiri, o palestino Abu Zubaydah e o iemenita Walid bin Attash.
Em julho do ano passado o Tribunal Europeu de Direitos Humanos decidiu que a Polônia deveria indenizar em mais de 200 mil euros Abd ao-Rahim ao-Nashiri e a Abu Zubaydah pelo descumprimento do Convenção Europeia de Direitos Humanos.
Em fevereiro deste ano o Tribunal de Estrasburgo rejeitou a apelação do governo polonês contra essa sentença.
Após a revelação do relatório do Senado dos EUA, o ex-presidente polonês Aleksander Kwasniewski, que até então tinha negado taxativamente a existência de centros de detenção da CIA em seu país, reconheceu que Washington utilizou durante parte de seu mandato instalações militares polonesas para fins de segurança.
Kwasniewski, presidente entre 1995 e 2005, assegurou no entanto que desconhecia que tenha havido ali torturas a supostos membros da Al Qaeda. EFE
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