População mundial de idosos duplicará até 2050, segundo estudo

  • Por Agencia EFE
  • 09/09/2015 20h42
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Nações Unidas, 9 set (EFE).- A população mundial continua envelhecendo e para o ano 2050 espera-se que 2 bilhões de pessoas tenham 60 anos ou mais, o dobro que na atualidade, segundo um novo estudo apresentado nesta quarta-feira na sede das Nações Unidas.

De acordo com o relatório elaborado pela ONG HelpAge, 12,3% da população mundial tem hoje mais de 60 anos, 901 milhões de pessoas; em 2030 será 16,5% (1,4 bilhão) e em 2050 se situará em 21,5% (2 bilhões).

Os idosos são atualmente mais numerosos que as crianças menores de cinco anos e em 2050 superarão os que têm menos de 15 anos, em mudanças demográficas que serão mais velozes nos países em vias de desenvolvimento, segundo o estudo.

O índice global de envelhecimento elaborado pela HelpAge desde 2013 está liderado este ano pela Suíça, o melhor país do mundo para se envelhecer, na frente de seis nações europeias, Estados Unidos e Canadá no continente americano e Japão.

O estudo lembra também que a crise financeira de 2008 e as medidas de austeridade posteriores afetaram intensamente as pensões no Velho Continente, especialmente no sul da Europa, com Grécia e Portugal à frente.

O primeiro país da América Latina que aparece é o Panamá, no 20º posto, na frente de Chile (21º), Uruguai (27º), Costa Rica (28º), Argentina (31º), México (33º), Colômbia (36º), Equador (44º), Peru (48º), Bolívia (55º) e Brasil (56º).

A América Latina é, segundo o relatório, uma das regiões de mais rápido envelhecimento em nível global, mas paralelamente apresenta políticas progressistas de envelhecimento, já que cada vez mais idosos recebem pensões na região.

Para o ano 2030 se prevê que o número de idosos será de 16,5% do total nessa região do mundo, o que equivale a cerca de 113 milhões de pessoas, enquanto para 2050 se estima que aumentará até 190 milhões de pessoas.

No fim do índice de melhores países para se envelhecer se situa este ano o Afeganistão, atrás de nove países africanos, dos Territórios Palestinos e do Iraque, segundo o relatório, que alerta também para a situação dos idosos em países como China, Índia e Rússia.

Finalmente, os responsáveis da HelpAge fizeram um alerta à comunidade internacional para que levem em conta os direitos da população de idosos na nova agenda de desenvolvimento que os líderes mundiais aprovarão no final de mês.

O índice, que avalia os fatores que determinam o bem-estar social e econômico dos idosos, leva em conta diferentes fatores como a segurança na renda, o acesso aos serviços de saúde e a existência de políticas estatais. EFE

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