Popularidade de Hillary Clinton chega ao menor nível após polêmica de e-mails
Washington, 2 set (EFE).- A popularidade da pré-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton, centro de uma polêmica por usar um servidor pessoal de e-mail quando dirigia o Departamento de Estado, caiu para 45% em agosto, um ponto acima de seu pior desempenho, registrado em 2008.
De acordo com uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela emissora “ABC News” e pelo jornal “The Washington Post”, 45% dos americanos tem uma opinião favorável sobre Hillary, o que representa uma queda de sete pontos percentuais desde julho, enquanto sua rejeição cresceu oito pontos no período, para 53%.
Esses números se aproximam dos piores registrados por Hillary em 23 anos de vida pública. Em abril de 2008, quando também tentava ser a candidata presidencial democrata, ela registrou 44% de aprovação.
A pesquisa, elaborada entre 26 e 30 de agosto, chega em uma má semana para a campanha da ex-secretária de Estado, que volta a enfrentar a polêmica dos e-mails.
A controvérsia sobre o uso de um e-mail pessoal para tratar sobre assuntos oficiais enquanto atuou como secretária de Estado dos EUA, entre 2009 e 2013, persegue Hillary desde março. Na última segunda-feira, o assunto voltou à tona após a divulgação de 125 das 4.368 novas mensagens divulgadas continuam informações secretas.
Um dos principais argumentos de Hillary para se defender das acusações era justamente nunca ter enviado informações classificadas através do servidor privado, instalado em sua casa em Nova York para suas comunicações como chefe da diplomacia.
Apesar do desgaste pela polêmica, Hillary segue liderando as pesquisas entre os pré-candidatos democratas como nas pesquisas gerais contra os republicanos.
O magnata Donald Trump, líder das pesquisas entre os conservadores, tem 37% de aprovação e 59% de rejeição. A popularidade de Trump cresceu quatro pontos percentuais desde meados de julho, graças, exclusivamente, ao aumento do apoio entre os eleitores brancos.
Segundo a pesquisa, 79% dos cidadãos que se identificam como “não brancos” tem uma opinião negativa como Trump, o protagonista da campanha até agora devido aos comentários ofensivos contra imigrantes. Só 15% dos hispânicos têm uma visão favorável ao irreverente magnata, enquanto 82% o rejeita como possível candidato.
Os brancos seguem sendo o grupo majoritário dos eleitores, 64% da população adulta, e estão divididos sobre Trump – 48% a favor e 49% contra.
Hillary é muito mais impopular entre os brancos – 34% a favor e 65% contra -, mas mais querida entre os grupos que tendem a participar menos das eleições: hispânicos (68% a favor e 27% contra) e negros (79% a favor e 20% contra). EFE
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