Popularidade de Peña Nieto cai a seu menor nível após dois anos no poder

  • Por Agencia EFE
  • 01/12/2014 17h32

Cidade do México, 1 dez (EFE).- A popularidade de Enrique Peña Nieto chegou a seu nível mais baixo exatamente quando o presidente do México completa dois anos no poder, em meio a uma severa crise pelo desaparecimento de 43 estudantes no sul do país.

Segundo uma pesquisa elaborada pelo jornal mexicano “Reforma”, a aprovação de Peña Nieto entre os cidadãos desabou de 50% para 39% no último quadrimestre.

“Este é o nível de popularidade mais baixo registrado por um presidente da República desde os anos 1995 e 1996, no início do mandato de Ernesto Zedillo, sob um contexto de forte crise econômica”, destacou o jornal.

No mesmo período, a desaprovação da gestão de Peña Nieto passou de 46% para 58%, enquanto há dois anos quase não chegava perto dos 30%.

A pesquisa, que entrevistou 1.020 cidadãos em suas casas, foi elaborada entre os dias 20 e 23 de novembro, tem uma margem de erro de 3,1% e um nível de confiança do 95%.

Por sua vez, o jornal “El Universal” publicou outra pesquisa, elaborada com a Buendía & Laredo, que mostra uma queda da aprovação da gestão de Peña Nieto de 46% para 41% no último quadrimestre, assim como um aumento da desaprovação de 45% para 50%.

A mesma pesquisa questionou sobre a pior realização até agora do mandato de Peña Nieto: o desaparecimento de estudantes no último dia 26 de setembro ocupou o primeiro lugar (10%), seguido das reformas (9%) e a insegurança (6%).

Esta pesquisa foi elaborada com entrevistas a cidadãos com título de eleitor em suas casas entre os dias 2 e 8 de novembro, tem uma margem de erro de 3,5% e um índice de confiança de 95%.

As enquetes publicadas hoje “refletem de uma maneira muito clara que não há satisfação por parte dos cidadãos com relação ao entorno no qual nos encontramos atualmente”, disse o porta-voz da presidência, Eduardo Sánchez, em alusão à crise suscitada pelo desaparecimento dos estudantes na cidade de Iguala.

“Escutamos plenamente aos cidadãos, estamos conscientes e compartilhamos o mal-estar”, comentou Sánchez, acrescentando que os esforços do governo estão dirigidos a evitar “ações de violência e garantir a tranquilidade”. EFE

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