Por melhorias trabalhistas, professores fazem greve de 48 horas no Chile
Santiago, 5 nov (EFE).- Milhares de professores chilenos começaram nesta quarta-feira uma greve de 48 horas para reivindicar melhores condições trabalhistas do governo.
A adesão atingiu quase 100% dos profissionais de escolas públicas do país, afirmou o presidente do Sindicato dos Professores, Jorge Gajardo.
A categoria exige que seja cumprida a chamada “agenda curta” do magistério, que inclui o restabelecimento de um bônus para a aposentadoria, o descongelamento do salário mínimo dos docentes e a regularização da situação dos professores com contratos temporários.
Eles também exigem diálogo para que uma “dívida histórica”, originada em 1981, seja paga pelo governo. Segundo o sindicato, a gestão das escolas públicas foi transferida para os municípios naquele ano e não foi reconhecido um reajuste especial entre 50% e 90% do salário base dos professores.
Gajardo disse em declarações à “CNN Chile” que os itens da “agenda curta” são de extrema urgência porque existe a possibilidade de que muitos professores com contratos temporários fiquem sem trabalho se o vínculo não for renovado.
Foram convocadas para hoje manifestações em todo o país, que se somam aos protestos já realizados por estudantes do ensino médio.
Em Santiago, milhares de pessoas foram ao centro da capital para reivindicar que o Ministério da Educação atenda às demandas dos docentes.
Os professores realizaram na semana passada uma paralisação de advertência e ameaçaram iniciar uma greve indefinida a partir de 10 de novembro se a situação não sofrer mudanças. EFE
gs/lvl
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