Por saques, prejuízo de varejistas na Grande Vitória pode passar de R$ 20 mi

  • Por Jovem Pan
  • 07/02/2017 12h03
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ES - ESPÍRITO SANTO/PM - CIDADES - Estragos causados em loja saqueada na cidade de Vitória (ES). Desde sábado, 4, pelo menos 51 pessoas foram assassinadas na Grande Vitória, desde que a Polícia Militar faz paralisação para protestar por pagamento em dia e reajuste salarial. A falta de policiamento no Espírito Santo causou uma onda de assaltos, arrastões e tiroteios no Estado desde o fim de semana, o que levou capixabas a evitarem sair às ruas nesta segunda-feira. Lojas foram arrombadas na Grande Vitória, mas não há balanço oficial de ocorrências da Secretaria de Segurança Pública. No Departamento Médico-Legal, famílias chegavam para reconhecer os corpos das vítimas do fim de semana. 06/02/2017 - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Wilton Junior/Estadão Conteúdo Saques

Diante dos inúmeros saques ocorridos desde o final de semana no Espírito Santo, a expectativa é de que o prejuízo para os varejistas da Grande Vitória passe dos R$ 20 milhões. A previsão é do presidente do Sindilojas do ES, Claúdio Pagiola Sipolatti.

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, Sipolatti afirmou que muitas lojas seguem fechadas após os saques e arrombamentos e que a preocupação agora passa a ser com os comerciantes de pequenos e médios empreendimentos. “Muitos lojistas darão adeus às suas atividades”, lamentou.

O presidente do Sindilojas, que tem uma rede varejista de comércio de eletrodomésticos, contou ainda que de suas 38 lojas no Estado, seis foram saqueadas – uma delas teve todos os produtos levados.

“Você não sabe mais quem é bandido na história. Pessoas de bem aproveitam a oportunidade e saqueiam. Pessoas de bem entre aspas, porque elas aproveitam a ocasião para mostrar seu caráter”, ressaltou.

Apesar de uma eventual alta nas vendas por conta do período festivo do Carnaval, o comércio varejista está longe de cumprir seus objetivos. “Não vamos conseguir ganhar para pagar os nossos investimentos”, explicou Sipolatti.

A expectativa agora é de que, conforme a situação for se normalizando, e a Polícia Militar retorne aos trabalhos, que o comércio e a vida voltem ao normal no Estado. O presidente do Sindilojas destacou ainda que a situação dos policiais de não pagamento de salários não era de conhecimento da população. “Não tivemos no Espírito Santo a percepção desta demanda. Isso não veio à público, então nos surpreendeu muito essa atitude”.

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