Poroshenko anuncia rearmamento militar antes de reunião com Merkel e Hollande

  • Por Agencia EFE
  • 22/08/2015 14h40
  • BlueSky

Kiev, 22 ago (EFE).- O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, anunciou neste sábado um plano de rearmamento do Exército até o fim do ano, às vésperas da reunião com os líderes da Alemanha, Angela Merkel, e da França, François Hollande, na segunda-feira, em Berlim.

“Forneceremos às Forças Armadas da Ucrânia cerca de 300 blindados, 400 automóveis, 30.000 foguetes e munições, um grande número de armas de fogos e outras coisas mais”, disse Poroshenko em discurso às tropas reunidas em um aeroporto da região de Kharkiv, vizinha à província de Donetsk.

Entre os itens não citados pelo presidente estão, por exemplo, novas plataformas de lançamento múltiplo de mísseis Grad, tanques e artilharia autopropulsada, conforme o Ministério da Defesa.

“Recebemos de nossos parceiros estrangeiros cerca de 500 automóveis militares e outros equipamentos, no marco da coalizão criada em apoio da Ucrânia”, completou.

Poroshenko reconheceu os acordos de paz de Minsk de fevereiro permitiram a Ucrânia reforçar seu potencial militar e capacidade defensiva, reduzindo, embora parcialmente, o “evidente atraso com relação à Rússia”.

“A ameaça militar do leste perdurará durante décadas. Essa ameaça não se dissipará em breve e cada nova geração deve ter experiência militar”, afirmou o presidente, destacando que a Rússia planejava anexar “pelo menos oito regiões ucranianas”.

Além disso, ressaltou que cresceram as possibilidades de uma escalada das ações militares na regiões separatistas de Donetsk e Lugansk após a intensificação dos combates nas últimas semanas.

Poroshenko deve apresentar na segunda-feira a Merkel e Hollande uma série de propostas para evitar um novo aumento da violência no leste do país, onde oito soldados ucranianos ficaram feridos hoje.

O governo alemão considerou como “explosivos” os eventos ocorridos nesta semana na região, ressaltando que os acordos de Minsk são o único caminho viável para a paz.

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, classificou como “preocupante” a situação e admitiu que, em vez de uma linha de separação de forças, volta a existir uma frente de combate no leste da Ucrânia.

Já a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) denunciou ambos os lados, governo ucraniano e separatistas pró-Rússia, de violar o pacto firmado em Minsk ao usarem utilizarem armamento pesado. EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.