Poroshenko diz estar chocado com assassinato de líder da oposição russa

  • Por Agencia EFE
  • 28/02/2015 00h51
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Kiev, 28 fev (EFE).- O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, se mostrou consternado e “em estado de choque” após tomar conhecimento do assassinato do líder da oposição extraparlamentar russa, Boris Nemtsov, que morreu na madrugada deste sábado após ser atingido nas costas por quatro disparos em pleno centro de Moscou.

“É um choque. Boris morreu. É difícil de acreditar. Tenho certeza que os assassinos serão punidos. Cedo ou tarde”, escreveu o líder ucraniano no Twitter.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, qualificou, por sua vez, o veterano político de oposição, de 55 anos, como um autêntico patriota da Rússia e um grande amigo da Ucrânia.

“Um patriota da Rússia e ao mesmo tempo um grande amigo da Ucrânia. Assim era e assim ficará para sempre em nossa memória Boris Nemtsov”, escreveu Yatseniuk no Twitter.

O veterano político – número 2 do governo russo em dois gabinetes durante a presidência de Boris Yeltsin, em 1997 e 1998 – foi alvejado com quatro tiros disparados de um carro quando passeava pela Grande Ponte de Pedra de Moscou, próxima do Kremlin, acompanhado de uma jovem ucraniana, informaram as autoridades russas.

O presidente russo, Vladimir Putin, reagiu em seguida e disse que o crime “tem toda a pinta de ser um assassinato por encomenda, de caráter extremamente provocador” e assumiu pessoalmente o controle sobre a investigação, informou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O assassinato aconteceu a menos de dois dias da passeata de protesto antigovernamental convocada pela oposição extraparlamentar para este domingo na capital russa, mas que acabou sendo cancelada por conta do crime contra Nemtsov.

Os opositores pretendiam reunir pelo menos 100 mil pessoas em Moscou para exigir que o Kremlin ponha fim à ingerência nos assuntos da Ucrânia.

Mikhail Kasyanov, presidente do Partido Republicano da Rússia, do qual Nemtsov também era presidente, considerou o assassinato como uma “represália à liberdade, à verdade, por sua avaliação responsável do que está acontecendo” na Rússia. EFE

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