Possíveis aliados de Netanyahu começam a pedir ministérios
Jerusalém, 18 mar.- Alguns partidos de direita e religiosos que provavelmente integrarão a futura coalizão de governo em Israel já começaram a fazer estratégias e a solicitar ministérios no próximo Executivo liderado pelo primeiro-ministro e líder do Likud, Benjamin Netanyahu.
Apesar de o Likud ter conseguido uma maioria de 30 deputados (seis a mais que a coalizão de centro-esquerda União Sionista) e uma diferença considerável de cadeiras em relação a qualquer um dos partidos que o apóiem, a imprensa israelense cogita que esses solicitarão pastas.
O partido ultranacionalista Lar Judaico, liderado por Naftali Bennett, pode ter pedido três ministérios no futuro governo, e dos considerados importantes, segundo informou o jornal “Ynet”.
O líder do Yisrael Beiteinu e atual ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, cujo partido obteve apenas 6 deputados, solicitou o Ministério da Defesa ou continuar no que já ocupa.
Na campanha eleitoral anterior, Lieberman mostrou interesse no Ministério da Defesa, com o qual disse que realizaria a “última ofensiva” em Gaza contra o movimento islamita palestino Hamas. Sobre sua possível inclusão no próximo Executivo, Lieberman disse que não há mistérios.
“Nossas reivindicações são claras, não escondemos e colocamos por escrito, incluindo o Ministério da Defesa. Não temos o objetivo de ficar na oposição, mas não nos uniremos à coalizão se certas condições não forem cumpridas”, disse.
De acordo com a imprensa local, o que parece mais próximo de assumir o Ministério das Finanças é o líder do centrodireitista Kulanu, Moshé Kahlon, cujo partido (uma cisão do Likud) conseguiu 10 deputados e tornou um dos mais fortes dentro da eventual coalizão de governo.
O problema de Netanyahu agora é satisfazer todos que o apoiam ou podem apoiar, sem esquecer do próprio Likud, no qual muitos dirigentes também esperam uma recompensa em termos de ministérios após as eleições, informou o “Ynet”.
A expectativa é que nas próximas duas ou três semanas Netanyahu já tenha prontos todos os elementos que formarão o novo governo, possivelmente um dos mais homogêneos da história recente de Israel e entre os com maior apoio parlamentar, com 67 dos 120 deputados que integram a Knesset (parlamento). EFE
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