Possível acesso ao computador de Nisman pouco após morte é investigado

  • Por Agencia EFE
  • 31/05/2015 13h02
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Buenos Aires, 31 mai (EFE).- A perícia informática realizada no computador portátil do promotor argentino Alberto Nisman, morto em janeiro em circunstâncias ainda desconhecidas, revelou que o mesmo foi usado pouco depois da hora estimada de sua morte, informou neste domingo o jornal “La Nación” citando fontes da investigação.

Segundo os peritos informáticos, aconteceu um acesso local, não remoto, ao computador de Nisman às 20h07 (em Brasília) do dia 18 de janeiro, quando o promotor já estava morto, mas seu corpo, com um tiro na cabeça, ainda não tinha sido descoberto no banheiro de seu apartamento de Buenos Aires.

As investigações detectaram que foram introduzidos três pen-drives na máquina e os investigadores suspeitam que informações podem ter sido apagadas, segundo revelaram as fontes ao jornal.

No entanto, existe a possibilidade do horário do computador ter sido manipulado.

Os resultados da perícia são mantidos em segredo como parte da investigação liderada pela promotora Viviana Fein, mas há alguns meses já aconteceu um primeiro vazamento, no qual foi revelado que o computador foi usado na manhã do domingo em que Nisman morreu para consultar o e-mail e as manchetes de alguns periódicos argentinos.

Segundo a investigação oficial, Nisman morreu no começo da tarde de 18 de janeiro, enquanto os peritos da denúncia acreditam que sua morte aconteceu entre a véspera e a manhã do dia 18.

Os peritos também não concordam com as causas da morte, já que a denúncia mantém que foi um homicídio, enquanto Fein não descarta por enquanto a possibilidade que trata-se de um suicídio.

O único acusado na causa é Diego Lagomarsino, colaborador de Nisman, por ter lhe emprestado a pistola da qual saiu o tiro que provocou a morte.

Nisman, promotor especial na investigação pelo atentado contra uma associação judia, faleceu horas antes de comparecer perante uma comissão do Congresso argentino para detalhar sua denúncia contra a presidente argentina, Cristina Kirchner, por suposto encobrimento de terroristas.

A denúncia de Nisman contra Cristina, que foi acusada de acobertar os iranianos suspeitos de planejar o atentado, que deixou 85 mortos, foi arquivada pela Justiça argentina por “inexistência do crime”. EFE

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