Pré-candidato pelo PSDB, Matarazzo vê ciclovias de Haddad “inúteis e mal planejadas”

  • Por Jovem Pan
  • 21/08/2015 13h19
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Bruna Piva/ Jovem Pan Vereador e pré-candidato à Prefeitura Andrea Matarazzo participa ao vivo do Jornal da Manhã

O vereador paulistano Andrea Matarazzo (PSDB) participou ao vivo nos estúdios da Jovem Pan do Jornal da Manhã desta sexta-feira. Matarazzo é pré-candidato do PSDB à disputa pela Prefeitura de São Paulo, disputando contra outros três tucanos: Bruno Covas, Ricardo Trípoli e João Dória Jr.  Ele comentou as principais notícias do dia.

Já em tom de discurso eleitoral, Matarazzo criticou os projetos de ciclovia do prefeito Fernando Haddad, que almeja construir 400 km de vias exclusivas para bikes pela cidade. O vereador disse que o ideal “não é fazer quilômetros de ciclovias inúteis e mal-planejadas, que estão causando acidentes e agora, também mortes”.

A frase referiu ao atropelamento de um pedestre de 78 anos, que acabou morrendo ao ser atingido por uma bicicleta debaixo do Minhocão (Elevado Costa e Silva), onde neste mês foi inaugurada nova ciclovia. A polícia investiga se o ciclista trafegava de fato perto da ciclovia ou não.

Matarazzo denuncia o que chama de “pouco caso do prefeito Fernando Haddad, que beira a irresponsabilidade, sobre o assunto (ciclovias)”. Ele disse que fazer ciclovia “aqui no centro dá mídia”.

O tucano aproveita para criticar novo projeto da prefeitura, de ampliar as calçadas, usando para isso inclusive faixas de rolamento das ruas. A ideia seria começar pela Rua Vergueiro. “Isso é assassinato de pessoas”, disse Matarazzo.

O vereador alfinetou Haddad dizendo ainda que a Prefeitura não é lugar para “gente que não tem experiência, gente que não se preparou para o cargo”. E completou: “Prefeitura é curso para quem já tem cargo, já tem experiência”.

Protestos

O líder do PSDB na Câmara comentou também os protestos contra o impeachment de Dilma que reuniram milhares de pessoas pelo Brasil nessa quinta (20). O vereador criticou o horário do ato em São Paulo, que começou às 18h no Largo da Batata e fez passeata até a Avenida Paulista.

Matarazzo classificou a manifestação como um “ato autoritário de uma minoria”. “O prefeito acha que tudo se resume à Paulista”, disse em seguida Matarazzo, criticando Haddad novamente. 

(Folhapress)

Matarazzo aproveitou a oportunidade para tecer críticas contra o governo Dilma. “Manifestantes eram cerca de 10% dos que protestavam contra Dilma (no domingo anterior, dia 16). Mesmo assim, dentre esses metade apoiava a Dilma (na verdade, 54% dos que foram às ruas em SP aprovam o governo, segundo o Datafolha), a outra metade não”, disse. O vereador considera “dificílimo (Dilma) permanecer mais três anos e meio (na Presidência) sem ter o apoio de parte da população”.

Ajuste

Na mesma toada, o líder do PSDB entre os vereadores paulistanos criticou o modo como está sendo feito ajuste fiscal. “Cadê o esforço do governo em reduzir coisas objetivas, e até simbólicas, como número de ministérios, cargos”, cobrou o vereador do governo federal. “A capacidade de pagamento de impostos da população se exauriu, já passou do limite há muito tempo”, disse também.

“Eu não entendo, porque eu não sou economista, por que fazer um aumento tão forte nos juros se você não tem um aumento tão grande de demanda, consumo previsto”, completou.

Redução na Marginal

Matarazzo comentou que medida que faria caso fosse eleito prefeito é “dar uma geral” na Marginal Pinheiros, com medidas como “tirar pessoas debaixo das pontes e levá-las aos albergues” e “tirar todos os ambulantes” que transitam entre os carros. 

Folhapress

 

Matarazzo disse que deixaria a velocidade na pista expressa da Marginal a 80 km/h, mas que reduziria nas outras pistas, “mas nem tanto”. Haddad estipulou a redução da velocidade máxima permitida nas marginais para 50 km/h com a justificativa de diminuir acidentes na via, aumentando a velocidade média.

Uber

Matarazzo reconheceu o aplicativo Uber , cuja legalidade tem gerado polêmica entre os taxistas, como “uma realidade, um avanço tecnológico”. “O que é preciso fazer é regulamentar”, disse.

“O pessoal da uber tem que entender que vai ter uma regulamentação”, ressaltou. Matarazzo disse ainda que “o táxi também tem problema”, como o fato de haver “poucos táxis à noite”. “Eles (táxis) já avançaram na questão do aplicativo”, elogiou.

São Paulo

Por fim, Matarazzo classificou São Paulo como “uma cidade muito complexa pelas suas características físicas, mas essencialmente pelas suas desigualdades sociais”. “O contraste social sem dúvida estimula o problema e a gente vê a questão do tráfico de drogas”, disse.

Para Andrea Matarazzo, a capital paulista “precisa de pequenos projetos, milhares de pequenos projetos”.

Ouça a participação completa no Jornal da Manhã no começo do texto.

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