Prefeito de Nova York comparece a velório de policial assassinado Wenjian Liu
Nova York, 3 jan (EFE).- Embora o grande ato de despedida do policial assassinado Wenjian Liu esteja previsto para amanhã, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, compareceu neste sábado ao velório no Brooklyn, que contou com a presença de mais de mil agentes.
Depois que o chefe de polícia de Nova York, William Bratton, emitiu um comunicado interno para que os agentes não voltem a dar as costas ao prefeito, De Blasio compareceu ao velório do policial que, junto a Rafael Ramos, foi assassinado a sangue frio em 20 de dezembro.
Bratton chamou a atenção de seus subordinados e pediu para que não protestassem em um ato de homenagem a um companheiro, depois que no funeral de Ramos vários policiais deram as costas ao prefeito como sinal de repúdio por ter apoiado as manifestações contra o abuso policial.
“Lembrem-se que, quando vestem o uniforme deste departamento, vocês se comprometem com a tradição, a honra e a decência”, dizia o comunicado.
De Blasio entrou na funerária Aievoli, em Bensonhurst, no Brooklyn, e ficou 15 minutos conversando com a família de Liu, de origem chinesa e cuja viagem do país de origem fez com que os serviços funerários fossem adiados para o domingo.
O prefeito gerou incômodo na polícia de Nova York por ter se mostrado a favor das manifestações que ocorreram na cidade depois que um grande júri não encontrou provas para acusar o policial que causou a morte do negro Eric Garner.
Quando Ramos e Liu foram assassinados, em 20 de dezembro, pelo negro Ismaaiyl Brinsley, que disse vingar a morte de Garner e Michael Brown (outra vítima de abuso policial em Ferguson), os sindicatos de polícia acusaram o prefeito de ter “sangue nas mãos” por favorecer o clima de vingança no país.
No domingo, e no mesmo local, será realizado um funeral com monges budistas. É previsto que o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, assista a homenagem. EFE
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