Prefeito de oposição da Venezuela é condenado a um ano de prisão por desacato

  • Por Agencia EFE
  • 26/03/2014 01h43

Caracas, 25 mar (EFE).- O Tribunal Superior de Justiça da Venezuela (TSJ) condenou nesta terça-feira o prefeito da cidade de San Cristóbal, o opositor Daniel Ceballos, a um ano de prisão e à perda de seu mandato, por não acatar uma sentença que o obrigava a impedir a colocação de barricadas nos protestos contra o governo no município.

O TSJ informou em seu site que Ceballos foi sentenciado a 12 meses de prisão por “desacato” da medida cautelar ditada na sentença N° 135 do dia 12 de março.

A sentença obrigava o prefeito a proceder com a imediata retirada dos obstáculos que tivessem sido colocados nas vias do município, um dos pontos onde os protestos contra o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tiveram maior intensidade.

“Em consequência, perde o mandato como prefeito do município de San Cristóbal no estado Táchira”, que faz fronteira com a Colômbia, detalhou a juíza Gladys Gutiérrez, presidente do TSJ, ao fazer a leitura da sentença, segundo uma nota de imprensa.

Após a divulgação da decisão judicial, o presidente Maduro manifestou seu apoiou ao TSJ durante seu programa de rádio.

“Conte com todo o apoio o Tribunal, todo o apoio do povo, o fascismo se combate com justiça e a aplicação rígida das leis”, acrescentou Maduro.

Ceballos foi detido no dia 12 de março por agentes de inteligência no mesmo dia no qual o prefeito de San Diego, no estado de Valência, o opositor Vicencio Scarano, foi condenado a 10 meses e 15 dias por acusações similares.

As prisões desses dois prefeitos se somam à detenção em fevereiro do dirigente opositor Leopoldo López, acusado de incitar a violência com suas convocações de protesto contra o governo de Maduro.

A Venezuela vive uma onda de manifestações contra o governo de Maduro desde o último dia 12 de fevereiro. Muitos protestos desembocaram em incidentes violentos que já deixaram mais de 30 mortos, centenas de feridos e mais de 1,5 mil detidos. EFE

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