Premiados do Rei da Espanha defendem jornalismo com rigor e responsabilidade

Madri, 26 mai (EFE).- O jornalismo profissional exercido com rigor e responsabilidade foi defendido nesta segunda-feira em um debate no qual participaram os agraciados da 31ª edição dos Prêmios Internacionais Rei da Espanha, que serão entregues amanhã.

Jornalistas de Brasil, Argentina, Espanha, Estados Unidos, Nicarágua e México ressaltaram a necessidade de diferenciar o jornalismo profissional da opinião ou contribuição cidadã nas redes sociais ou blogs, durante o debate organizado pela Casa da América em Madri e pela Agência Efe.

José María de Irujo, do jornal espanhol “El País” e vencedor do prêmio na categoria de Imprensa disse que não acredita no “jornalismo cidadão”, que qualificou de “disparate”, ao afirmar que “desconfio dessa prática porque me parece arriscada”.

No mesmo sentido se manifestou o espanhol Pedro Armestre, ganhador do prêmio de Fotografia, enquanto María Elena Salinas, da rede de televisão hispânica dos EUA, “Univisión”, considerou que os meios podem dar um espaço aos cidadãos, mas estes “não podem tomar o lugar do jornalista”.

As brasileiras Renata Colombo e Fábia Almeida, vencedoras do prêmio de Rádio pela emissora “Rádio Gaúcha” de Porto Alegre, explicaram foi nas redes sociais que obtiveram a primeira pista para começar seu trabalho premiado, no qual denunciaram a dragagem ilegal do rio Jacuí.

Após destacar que desde então prestam mais atenção às denúncias que lhes chegam pelas redes sociais, as brasileiras também opinaram que é preciso ter cautela com essas fontes.

O debate, no qual se abordou a situação atual do jornalismo na Espanha e na América, foi moderado por María Luisa Azpiazu, diretora de redação da Efe, que elogiou o “trabalho bem feito” dos premiados.

Os Prêmios Internacionais de Jornalismo Rei da Espanha são convocados todo ano pela Agência Efe e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).

“Esta edição dos prêmios coincide com o 75º aniversário da Efe e estamos especialmente contentes e orgulhosos por ter atingido um marco. Acho que a Efe é uma referência de jornalismo bem feito, sacrificado e anônimo”, disse María Luisa Azpiazu. EFE

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