Premiê de Portugal afirma que país tem condições de enfrentar volatilidade
Lisboa, 29 jun (EFE).- O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, lançou nesta segunda-feira uma mensagem de intenção tranquilizadora em que afirmou que a crise grega não pegou o país “desprevenido”, e que Portugal “está em condições” de enfrentar a volatilidade que uma eventual saída da Grécia da zona do euro possa gerar.
“Ninguém pode dizer que é imune ao que pode acontecer, porque nunca uma situação semelhante tinha se colocado, mas hoje em dia em Portugal tem outras condições para responder” a possíveis contágios do ponto de vista financeiro, disse Passos Coelho.
O país pode enfrentar “durante vários meses esse tipo de volatilidade do ponto de vista do Estado”.
O que está ocorrendo na Grécia “nos preocupa, mas estamos melhor para responder”, insistiu em declarações aos jornalistas após participar de um evento em Braga, no norte de Portugal.
O mais importante agora, para o primeiro-ministro, é trabalhar para que a Grécia possa “encontrar uma saída ao seu problema”, independentemente de qual for o resultado do referendo sobre as propostas dos credores, convocado pelo governo grego para o próximo domingo.
Passos Coelho destacou que não se pode dizer que há “falta de solidariedade na Europa” em relação à Grécia, país que recebeu das instâncias europeias mais de 200 bilhões de euros, “o que não aconteceu com nenhum outro país da Europa”.
A incerteza sobre a permanência da Grécia na zona do euro derrubou hoje a Bolsa de Lisboa, que perdeu 5,22%, a maior queda entre as bolsas europeias, e seu pior resultado desde a crise política de julho de 2013. EFE
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