Premiê do Japão e Barack Obama visitarão Pearl Harbor

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/12/2016 12h02
Montagem sobre fotos/EFE Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe se encontrará com Barack Obama em Washington daqui a uma semana

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, visitará Pearl Harbor com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no fim deste mês. Com isso, Abe será o primeiro líder de seu país a ir ao local do ataque japonês que levou os Estados Unidos à Segunda Guerra.

O anúncio feito nesta segunda-feira (05), inesperado, ocorre dois dias antes do aniversário de 75 anos do ataque e seis meses após Obama se tornar o primeiro presidente no cargo dos EUA a visitar o memorial em Hiroshima para as vítimas do ataque atômico contra a cidade no fim da mesma guerra.

Em breve declaração a repórteres, Abe disse que visitará o Havaí em 26 e 27 de dezembro para orar pelos mortos na guerra na base naval de Pearl Harbor e realizar uma última reunião com Obama antes do fim da presidência dele. “Nós nunca devemos repetir a tragédia da guerra”, disse o premiê japonês. “Eu gostaria de afirmar esse compromisso. Ao mesmo tempo, gostaria de enviar uma mensagem de reconciliação entre Japão e EUA.”

A Casa Branca confirmou a reunião no Havaí em 27 de dezembro.

Mais de 2.300 militares dos EUA morreram no ataque aéreo japonês, que será lembrado nesta quarta-feira com um minuto de silêncio às 7h55, quando os aviões japoneses atingiram seu primeiro alvo. A Segunda Guerra terminou três anos e meio depois, após os EUA lançarem bombas atômicas sobre Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, e Nagasaki, em 9 de agosto do mesmo ano. O Japão se rendeu seis dias depois.

Nas sete décadas desde o fim da guerra, os EUA e o Japão tornaram-se aliados próximos. Agora, o Japão se preocupa com a direção da política externa do sucessor de Obama, o republicano Donald Trump. O presidente eleito disse na campanha que o Japão e outros aliados deveriam contribuir mais com o custo da manutenção de tropas norte-americanas em seus países. Cerca de 50 mil militares dos EUA estão no Japão atualmente.

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