Premiê irlandês elogia jovens por atuação em referendo sobre casamento gay

  • Por Agencia EFE
  • 23/05/2015 10h24

Dublin, 23 mai (EFE).- O primeiro-ministro da Irlanda, o democrata-cristão Enda Kenny, agradeceu neste sábado aos milhares de jovens emigrantes ou deslocados que retornaram nesta semana ao país para votar ontem no referendo sobre o casamento homossexual.

Depois que a apuração provisória de votos iniciada hoje apontou uma vitória do “sim” ao casamento gay, Kenny destacou que a decisão do eleitorado envia também uma mensagem à comunidade internacional sobre “a liderança pioneira” mostrada pela Irlanda, primeiro país em todo o mundo a aprovar este assunto mediante referendo.

Analistas políticos locais argumentam que o voto jovem contribuiu decisivamente para a vitória da proposta do governo de Dublin, de coalizão entre conservadores e trabalhistas, e elevou a participação a um nível que pode se aproximar de 60%, muito acima do registrado em plebiscitos anteriores.

Para Kenny, católico praticante, esta é uma “prova irrefutável” de que o eleitorado irlandês, de pouco mais de três milhões de pessoas, levou muito a sério esta campanha.

“Acho que, do ponto de vista dos jovens, em particular daqueles que viajaram de onde fosse para colocar simplesmente uma xis na cédula, foi mostrado o valor dado a esta questão e a importância que deram à política”, disse o “Taoiseach” (primeiro-ministro).

Durante a jornada de votação de ontem, inúmeras fotos e vídeos foram postados em redes sociais por usuários que chegavam por ar, terra e mar à Irlanda para poder votar neste referendo, um fenômeno desconhecido até agora no país.

Kenny, que reconheceu que ele próprio teve que fazer uma viagem de descoberta pessoal para aceitar o casamento gay, lembrou que nas últimas semanas mais de 60 mil irlandeses se inscreveram pela primeira vez no registro eleitoral.

Quando for confirmada a vitória do “sim”, o casamento entre pessoas do mesmo sexo será reconhecido pelo artigo 41 da Constituição, recebendo proteção constitucional e equiparação ao casamento convencional. EFE

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