Premiê japonês pede ajuda a líderes do Oriente Médio para libertar reféns
Tóquio, 21 jan (EFE).- O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pediu ajuda aos líderes do Oriente Médio para libertar os dois reféns japoneses ameaçados de execução pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou nesta quarta-feira a emissora pública “NHK”.
Durante sua viagem pelo Oriente Médio, que acabou afetada pela notícia do sequestro, Abe se reuniu com o presidente palestino Mahmoud Abbas, que mostrou disposição para trabalhar com Tóquio e combater o terrorismo.
Abe manteve conversas telefônicas na terça-feira com o rei Abdullah da Jordânia, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, e o presidente egípcio Abdul Fatah al Sisi.
Em seu diálogo com o rei Abdullah, Abe disse que as ameaças de morte aos reféns, como meio de se conseguir suas próprias exigências, são imperdoáveis, e acrescentou que o Japão se comprometeu a ajudar com US$ 200 milhões os países da região com gastos não militares, medidas que incluem o apoio a pessoas refugiadas e desalojadas pelo EI.
O primeiro-ministro acrescentou que o grupo jihadista revela sua natureza cruel ao criticar tal ajuda.
Abdullah garantiu que a Jordânia está disposta a reunir o máximo de informações possíveis, assim como proporcionar outras formas de apoio para resolver essa crise.
Abe fez o mesmo pedido a Erdogan e Al Sisi, e ambos expressaram sua vontade de ajudar.
O ministro das Relações Exteriores do Japão, Fumio Kishida, por sua vez, fez um pedido ontem aos chanceleres francês e americano para ajudar na libertação dos reféns.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, prometeram fazer o possível para resolver o incidente, disse Kishida a jornalistas em Londres, onde se encontra para participar de uma reunião de segurança com o governo britânico.
Está previsto que o ministro faça esse mesmo pedido ao chanceler britânico, informou um funcionário do governo japonês.
O EI ameaçou ontem executar dois reféns japoneses, identificados como Haruna Yukawa e Kenji Goto, se não receber o pagamento de um resgate no valor de US$ 200 milhões, uma quantia idêntica a que Abe anunciou que destinará em ajuda aos países afetados pelo grupo jihadista.
Sabe-se que Yukawa esteve viajando por países como Síria e Iraque com fins comerciais, enquanto Goto, um conhecido jornalista freelancer, desapareceu em outubro depois que decidiu ir à Síria. EFE
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