Prêmio Nobel Desmond Tutu é hospitalizado novamente na África do Sul

  • Por Agencia EFE
  • 18/08/2015 09h38

Nairóbi, 18 ago (EFE).- O prêmio Nobel da Paz e arcebispo emérito da Cidade do Cabo, Desmond Tutu, foi hospitalizado de novo, a terceira vez em pouco mais de um mês, devido a um processo inflamatório, informou sua família nesta terça-feira.

A filha do arcebispo emérito da Cidade do Cabo explicou em entrevista coletiva que o líder anglicano, de 83 anos, foi internado ontem à noite para ser tratado.

Tutu já havia sido hospitalizado duas vezes em apenas duas semanas mês passado, por uma infecção persistente, e recebeu alta em 4 de agosto para continuar a se recuper e, casa.

“É só por precaução, não é uma crise”, afirmou a filha do reverendo, Mpho Tutu, citada pela Agência Africana de Notícias.

“Ele continua sendo forte e sabemos que nem todo mundo é tão privilegiado de receber o tipo de atendimento médico que ele recebeu “, acrescentou.

A família agradeceu à imprensa pelo tratamento recebido e por manter informados todos os sul-africanos do estado de saúde de seu pai.

Apesar sua retirada formal da vida pública e seus recorrentes problemas de saúde, Tutu continua sendo uma das vozes a favor dos direitos humanos e críticas ao governo mais ativas da sociedade civil sul-africana.

O arcebispo – ativista “antiapartheid” e figura chave depois no processo de reconciliação – cancelou em dezembro sua participação em um encontro dos Prêmios Nobel em Roma para iniciar um novo tratamento contra o câncer de próstata, diagnosticado em 1997.

Tutu já foi internado em 2011 para ser submetido a uma operação qualificada como menor e voltou a passar pelo hospital em 2013 por uma infecção como a de agora.

A última aparição pública do carismático religioso anglicano aconteceu no começo de julho, quando celebrou com sua mulher, Leah, 60 anos de casados, na catedral de São Jorge, na Cidade do Cabo.

Desmond Tutu recebeu em 1984 o Prêmio Nobel da Paz, em reconhecimento por sua aberta oposição, desde os púlpitos e nas ruas, ao regime de segregação racial na África do Sul. EFE

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