Presidente alemão pede que ódio não divida a sociedade
O presidente da Alemanha, Joachim Gauck, fez nesta sexta-feira (9) uma defesa da liberdade de religião, reunião e expressão após o atentado contra a revista francesa “Charlie Heddo” e pediu que o ódio não divida a sociedade.
Em discurso pronunciado no início da tradicional recepção de ano novo em sua residência, o Palácio de Bellevue, Gauck não fez referência concreta aos movimentos islamofóbicos alemães, embora tenha dirigido suas palavras tanto àqueles que podem “simpatizar” com os terroristas, como a que tenta “tirar proveito” do ocorrido.
“Para nós não importa como se chama uma pessoa, quem é sua mãe, em que deus acredita ou que festas comemora”, ressaltou Gauck, que considerou que o prioritário são os valores que unem todos os cidadãos e o reconhecimento da Constituição e do Estado de direito, que garantem uma convivência pacífica.
A Alemanha, disse, está comovida pelo atentado de Paris, mas mantém suas convicções firmes: “não deixamos que o ódio nos divida”, destacou.
Convencido de que “a democracia é mais forte que o terrorismo”, destacou a mensagem unânime de partidos políticos e religiões em defesa das instituições e das leis para enfrentar a violência e o fanatismo.
O atentado de Paris fez crescer na Alemanha a preocupação perante o auge da islamofobia, impulsionada pelo movimento Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente, que convocou para segunda-feira uma nova manifestação em Dresden (leste do país).
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