Presidente alemão visita centro de refugiados e elogia voluntários

  • Por Agencia EFE
  • 26/08/2015 10h18

Berlim, 26 ago (EFE).- O presidente da Alemanha, Joachim Gauck, agradeceu nesta quarta-feira o trabalho de voluntários e dos serviços sociais nos centros de refugiados, durante uma visita a um albergue em Berlim após o recente aumento dos ataques racistas contra estes alojamentos em todo o país.

O chefe de Estado elogiou os “muitos voluntários que querem demonstrar que existe uma Alemanha com luz que se apresenta aqui luminosa frente a uma Alemanha obscura”, que a sociedade que experimenta quando ouve falar de ataques contra centros de refugiados ou de ações racistas, disse.

“Assim podemos cumprir este desafio”, declarou o presidente, ao se referir ao trabalho desinteressado dos voluntários.

Para Gauck, esta é a Alemanha na qual é possível buscar apoio, e é além disso uma “clara resposta aos agitadores”. Ele se mostrou convencido que os neonazistas e xenófobos acabarão isolados pela grande maioria das pessoas dispostas a ajudar.

Segundo o chefe de Estado, “não há nenhum alemão que mostrará compreensão com aqueles agitadores e incendiários que fazem mal ao país”.

“Não nos representam, e não permitiremos que quem viola a lei represente esta Alemanha, que hoje se apresenta como um país aberto e solidário”, acrescentou.

Ao mesmo tempo, pediu aos cidadãos que confiem em seus políticos. “A Alemanha, politicamente e economicamente fortalecida, será capaz de cumprir este desafio”, disse.

“Lembro que a Alemanha, em tempos muito piores, quando era miseravelmente pobre e estava destruída, superou situações muito piores com ondas de refugiados”, acrescentou no discurso feito durante sua visita ao centro de refugiados montado na antiga prefeitura do distrito berlinense de Wilmerdorf.

Neste centro de amparo primária, em funcionamento há duas semanas e que abriga atualmente 560 refugiados, Gauck expressou a necessidade de uma parceria mais estreita entre Estado, estados federados e municípios, ao mesmo tempo em que ressaltou a necessidade dos políticos de “escutar os medos que provêm do centro da sociedade”.

O presidente alemão ainda pediu paciência, embora tenha reconhecido que os solicitantes de asilo precisam de respostas sobre o que podem receber e quando, e sobre quais passos seguir. Mas lembrou que também os refugiados não podem ter uma atitude só de pretensões. EFE

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