Presidente cogita declarar Áden como capital provisória do Iêmen

  • Por Agencia EFE
  • 22/02/2015 11h48

Sana, 22 fev (EFE).- O presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, se reuniu neste domingo com autoridades civis e militares de cinco províncias do sul do Iêmen para estudar a possibilidade de declarar a cidade litorânea de Áden como a capital provisória do país, informou à Efe uma fonte próxima ao líder.

A fonte declarou que Mansur Hadi, que ontem fugiu da capital, Sana, controlada desde setembro do ano passado pelos rebeldes houthis, se encontrou com os governadores das províncias de Áden, Lahesh, Al Dalea, Abien e Socotra, com quem também tratou os preparativos para proteger Áden de um eventual ataque.

O chefe de Estado, que tinha renunciado em janeiro deste ano e ontem reverteu essa decisão após chegar a Áden, ressaltou durante a reunião a importância de preservar a legitimidade constitucional, em alusão a sua legitimidade como presidente do país.

Representantes das autoridades locais das outras três províncias sulinas – Hadramut, Al Mahra e Shebua – não participaram da reunião por estar muito longe de Áden, mas manifestaram seu respaldo a Mansur Hadi, segundo a fonte.

Mansur Hadi fugiu da capital para refugiar-se em sua residência de Áden depois que o movimento rebelde xiita dos houthis reforçou o cerco imposto à residência do líder em Sana.

Após chegar a Áden, o presidente se retratou em comunicado da renúncia apresentada em janeiro e declarou nulas e ilegítimas todas as decisões adotadas após 21 de setembro de 2014, dia no qual os houthis tomaram o controle da capital.

Na nota, Mansur Hadi afirmou que tanto ele como o governo iemenita se mantêm em seus postos “em virtude da iniciativa dos países do Golfo”, ou seja, do pedido do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, no último dia 14 de setembro, ao Conselho de Segurança da ONU para que tome medidas coercitivas no Iêmen após rejeitar a tomada do poder por parte dos houthis.

No último mês, o grupo xiita estendeu as áreas sob seu controle no Iêmen e no último dia 6 de fevereiro dissolveu o parlamento e anunciou a formação de um conselho presidencial para governar o país interinamente por dois anos.

O enviado especial da ONU no Iêmen, Jamal Benomar, anunciou anteontem que as diferentes facções políticas do país tinham decidido formar um conselho interino para resolver a atual crise, depois que os houthis começaram um dia antes a formar as instituições do Estado de forma unilateral. EFE

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