Presidente curdo pressiona Ocidente para fornecer armas
Berlim, 16 ago (EFE).- O preidente da região autônoma curda do Iraque, Masoud Barzani, pressionou neste sábado o Ocidente para acelerar a provisão de armas e ajudá-los a afogar as vias de financiamento dos jihadistas de Estado Islâmico (EI).
“A extorsão e o roubo de petróleo proporcionam diariamente US$ 3 milhões ao EI”, afirmou Barzani à revista alemã “Focus” e acrescentou que os sucessivos assaltos a bancos nacionais de Mossul e Tikirt garantiram aos jihadistas US$ 1 bilhão.
Barzani, que deve se reunir com o ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, durante a visita do chanceler ao Iraque, insistiu na necessidade de receber armas e munição para combater os jihadistas.
“Não precisamos de tropas estrangeiras. Temos suficientes guerreiros valentes, mas nos faltam armas modernas e efetivas”, afirmou.
Steinmeier chegou hoje ao Iraque, após uma muito breve escala em Berlim de volta da reunião de ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) em Bruxelas.
Antes de ir a Bagdá, Steinmeier ratificou a determinação de seu governo de apoiar os curdos na luta contra o EI, embora até agora Berlim não tenha confirmado que está disposta a fornecer armas.
“As imagens que diariamente nos chegam do Iraque nos indignam”, afirmou, para destacar a determinação da UE de apoiar os curdos para conter “esse grupo de assassinos terroristas”.
Pouco antes da chegada do ministro a Bagdá, aterrissou no país o primeiro dos carregamentos de ajuda humanitária que partiram na sexta-feira da Alemanha.
Nesse mesmo dia a chanceler alemã, Angela Merkel, transmitiu o apoio de seu governo tanto ao novo primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi, como a Barzani.
Merkel convidou Abadi a formar um governo que “de unidade, que dê coesão ao país”, capaz de enfrentar os desafios que o Iraque tem diante de si.
A própria chanceler, como Steinmeier, reforçaram nos últimos dias seu compromisso com o Iraque, sem confirmar ainda se estarão entre os países da UE dispostos a fornecer armas, mas sem descartar essa opção, o que já signfica uma mudança da política alemã de não fornecer armamento para áreas em conflito. EFE
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