Presidente da Argentina viaja para Panamá com Malvinas na agenda

  • Por Agencia EFE
  • 10/04/2015 12h52
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Buenos Aires, 10 abr (EFE).- A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, viajará nesta sexta-feira para o Panamá para participar da Cúpula das Américas, com uma agenda de assuntos próprios marcada pelo reaquecimento da disputa com o Reino Unido pela soberania das ilhas Malvinas.

Segundo confirmaram hoje à Agência Efe fontes oficiais, Cristina partirá nas próximas horas para o Panamá, onde já se encontra o chanceler argentino, Héctor Timerman.

O ministro das Relações Exteriores disse hoje que Cristina “seguramente” colocará a questão dos Malvinas para os outros chefes de Estado e de governo presentes na cúpula.

O governo argentino denunciou ontem judicialmente cinco empresas petrolíferas por explorar “ilegalmente” nas cercanias das ilhas Malvinas, que estão sob dominação britânica desde 1833 e cuja soberania é reivindicada pela Argentina.

O Executivo de Cristina Kirchner também convocou o embaixador britânico, John Freeman, para exigir explicações por supostas ações de espionagem contra o país relacionadas à disputa sobre as ilhas, após a embaixadora argentina, Alicia Castro, ser convocada ao Foreign Office (chancelaria do Reino Unido).

Timerman disse que o governo argentino espera que a Justiça “condene quem usurpa e rouba o que é parte das riquezas naturais da Argentina”, em referência à exploração de petróleo na área das Malvinas.

“A exploração é uma violação das resoluções das Nações Unidas que impedem a exploração de zonas onde há uma disputa de soberania”, afirmou Timerman.

Segundo sua opinião, “esta política de exploração é digna de um país que acredita que pode impor uma prática colonialista em qualquer lugar apesar de estar no século 21”.

A Argentina e o Reino Unido entraram em guerra em 1982 pelas Malvinas, conflito que deixou 900 mortos, a maioria combatentes das tropas argentinas que desembarcaram nas ilhas.

O exército argentino se rendeu ao Reino Unido em junho do mesmo ano. O governo britânico rejeita negociar a soberania das ilhas com o argumento de que a decisão corresponde aos moradores locais, que se pronunciaram em 2013 a favor da soberania do Reino Unido em um plebiscito não reconhecido internacionalmente. EFE

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