Presidente da Colômbia ordena intensificação de ações contra o ELN

Bogotá, 10 mar (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta terça-feira uma intensificação das operações militares contra o Exército de Libertação Nacional (ELN) em resposta ao aumento de suas atividades armadas no país.

“Esta organização, ao invés de entrar em sintonia com a redução do conflito e a busca da paz, continuou, e até aumentou, suas atividades delitivas. Por essa razão, vamos intensificar nossas operações militares e da polícia”, declarou o chefe de Estado em um discurso.

Santos se referiu ao ELN na mesma declaração na qual anunciou a suspensão de bombardeios durante um mês contra os acampamentos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em resposta ao cessar-fogo unilateral e indefinido que essa guerrilha mantém desde o último dia 20 de dezembro como parte dos diálogos de paz que acontecem em Cuba.

“E quero deixar claro que a suspensão de bombardeios a acampamentos das Farc em nada afeta as operações contra o ELN”, enfatizou.

O governo e o ELN iniciaram em janeiro de 2014 diálogos “exploratórios” para abrir um processo de paz similar ao que se realiza com as Farc há 27 meses em Havana, mas até agora as aproximações não se concretizaram na instalação de uma mesa de negociação.

Ao mesmo tempo em que manifesta sua intenção de falar de paz com o governo, o ELN, segunda maior guerrilha do país, intensificou ações como sequestros de civis e emboscadas contra o exército e a polícia, principalmente no departamento de Norte de Santander, na fronteira com a Venezuela.

Justo hoje o ELN entregou a uma delegação liderada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) quatro geólogos terceirizados do estatal Serviço Geológico Colombiano (SGC) que tinha sequestrado no último dia 19 de fevereiro em uma zona rural do município de El Carmen (Norte de Santander).

“Eu espero, de verdade, que o ELN não deixe passar o trem da paz”, comentou Santos. EFE

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