Presidente da Comissão Europeia diz não ter recebido proposta da Grécia

  • Por Agencia EFE
  • 07/06/2015 08h04

Elmau (Alemanha), 7 jun (EFE).- O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse neste domingo que “ainda não recebeu” nenhuma alternativa da Grécia à apresentada pelos credores internacionais e que fixa uma proposta comum sobre o plano de reformas a ser aplicado por Atenas para desbloquear a ajuda financeira pendente.

“Estou esperando uma proposta alternativa de nossos parceiros gregos”, disse Juncker durante uma entrevista coletiva prévia à reunião do G7 no palácio de Elmau (Alemanha), ressaltando que “na quarta-feira só houve uma proposta, a minha”.

“Não tenho um problema pessoal com (o primeiro-ministro grego) Alexis Tsipras, muito pelo contrário, foi e é meu amigo, mas a amizade, para manter-se, tem que cumprir algumas regras mínimas”, comentou Juncker.

O chefe do Executivo comunitário assegurou ainda ter se sentido “um pouco decepcionado pelo discurso do primeiro-ministro grego no parlamento na sexta-feira passada”.

“(Tsipras) apresentou a oferta das três instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) como um ultimato, e esse não foi o caso, essa não foi a mensagem que lhe transmitimos”, lamentou.

“Apresentou a proposta das três instituições como se fossem minhas exclusivamente e sabe perfeitamente que este não é o caso e que durante o encontro da quarta-feira passada eu estava perfeitamente preparado para discutir os principais pontos de desacordo entre Grécia e as três instituições e queria que estas negociações acontecessem na quarta-feira passada”, acrescentou.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, por sua parte, ressaltou que “o debate sobre a Grécia é o mesmo: a Grécia precisa de dinheiro e os credores internacionais querem ser pagos”.

“Não é verdade que há algo imoral em que os credores cobrem o que lhes devem, é um debate mais sofisticado que isso”, opinou.

A Grécia e seus credores internacionais esperam poder fechar um acordo sobre as reformas a serem aplicadas por Atenas para poder finalizar a quinta e última revisão do resgate ao país e poder entrar nos 7,2 bilhões de euros que restam do segundo programa financeiro, prolongado em fevereiro até 30 de junho. EFE

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