Presidente da Guiana anuncia dissolução do parlamento e convoca eleições
San Juan, 25 fev (EFE).- O presidente da Guiana, Donald Ramotar, anunciou que dissolverá o parlamento e os dez conselhos regionais que o compõem em 28 de fevereiro, após convocar eleições para 11 de maio, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.
A Secretaria da Comunidade do Caribe (Caricom) disse a respeito da dissolução do parlamento, que por decisão de Ramotar não funciona desde novembro, que a finalidade é permitir que os partidos políticos tenham “mais oportunidades de dialogar e resolver os assuntos nacionais pelos quais entravam em disputa”.
“Infelizmente, a oposição recusou dialogar e não tive outra opção do que convocar eleições para 11 de maio de 2015”, explicou Ramotar em discurso pronunciado na terça-feira pela noite.
No começo de novembro, Ramotar suspendeu o parlamento por um período máximo de seis meses com o objetivo, disse, de evitar “debates estéreis” com a oposição antes das eleições gerais e regionais que iam ser realizadas inicialmente em janeiro de 2015.
A Guiana é um dos 12 membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul).
“Não dissolvi o parlamento naquela época (novembro) porque se tivesse feito, o período de reivindicações e objeções por parte de guianeses no exterior, interessados em solicitar participar das eleições, teria sido truncado”, disse Ramotar em seu discurso.
Segundo o líder, neste período os cidadãos que moram fora do país puderam realizar seus trâmites para protestar ou expressar seu interesse em participar das próximas eleições.
A situação política de Guiana atraiu a atenção da Commonwealth, que estudou inclusive impor sanções à ex-colônia britânica por não convocar eleições e nem restaurar o parlamento após dois meses de suspensão.
A Guiana realizou suas últimas eleições gerais em novembro de 2011, quando o governante Partido Progressista do Povo obteve 48,62% dos votos, enquanto a Aliança pela União Nacional recebeu 40,83% e a minoritária Aliança pela Mudança o resto. EFE
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