Presidente da Libéria agradece a médicos a erradicação do ebola no país

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 16h02

Monróvia, 9 mai (EFE).- A presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, agradeceu neste sábado a luta “incessante” dos profissionais médicos que permitiu a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar hoje o seu país livre do ebola.

“Graças ao incessante esforço de vocês, o ebola se foi”, afirmou a governante durante uma breve cerimônia no Hospital John F. Kennedy na Monróvia para comemorar a conquista.

Hoje, se cumpriram 42 dias desde que a última pessoa infectada morreu na Libéria e, desde então, não foram detectados novos casos no país. A Libéria, com 10.322 contágios e 4.608 mortes, é a nação na qual mais pessoas morreram por conta da doença.

“Nunca mais ebola! Nunca mais ebola!”, disse ela em meio a aplausos do público que estava no local, entre eles alguns membros da OMS.

No total, 375 representantes das equipes médicas da Libéria se infectaram e 189 deles morreram ao tratar sem as proteções adequadas de pacientes.

A presidente, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2011, prometeu continuar ajudando os vizinhos Serra Leoa e Guiné onde a epidemia ainda persiste.

“Eles são nossos parceiros. Estamos trabalhando com eles na troca de informação e materiais. São nossos irmãos nesta luta regional para derrotar o vírus”, acrescentou.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) também comemorou a declaração da OMS, mas pediu cautela, já que ainda seguem produzindo-se novos contágios em Serra Leoa e Guiné.

“O surto não pode ser dado como encerrado”, disse a MSF em comunicado, no qual destacou a necessidade de melhorar a vigilância para além da fronteira para prevenir que o ebola volte à Libéria.

A doença surgiu em dezembro de 2013 em uma região de floresta da Guiné, fronteira com a Libéria e Serra Leoa, e se espalhou rapidamente entre os três países. Até o momento, 26.298 pessoas contraíram o ebola, das quais 10.892 morreram. EFE

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