Presidente da Sabesp afirma que não existe ilegalidade no “acréscimo tarifário”
O consumidor de água em São Paulo terá que pagar 30% mais caro na conta, caso gaste a mais da média de consumo. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, a presidente da Sabesp, Dilma Pena, o acréscimo está direcionado à parte da população que não aderiu à economia da água no começo deste ano, o equivalente a 24% dos consumidores.
“Todos que consumirem acima da média relativa ao ano de 2013, vão ter um acréscimo de 30%. O que nós queremos, na verdade, é que ninguém possa ter esse acréscimo. Que todos se conscientizem que nós estamos passando por uma crise no Sistema Cantareira, uma crise muito forte, e que é preciso reduzir o consumo ao mínimo necessário para que a Sabesp mantenha o abastecimento de água, como tem feito até agora”, explicou a presidente.
O valor a mais que o consumidor possa vir a pagar, é considerado ilegal por órgãos de defesa do consumidor e pela OAB, ilegalidade esta descartada pela representante da Sabesp.
“Não é ilegal. Nós temos respaldo na legislação federal. Solicitamos uma autorização especial à agência reguladora, da mesma forma como fizemos o bônus. Da mesma forma. Então, não há nenhuma ilegalidade neste procedimento”, afirmou.
Pena disse ainda que este valor não se trata de uma multa, e sim, de um “adicional tarifário”.
“É uma tarifa contingente para quem consumir mais. Nós estamos divulgando agora e solicitando a todos que consumam racionamente ao longo do mês de maio para que, em junho, não tenha o acréscimo tarifário. Mas, se consumirem, o acréscimo tarifário virá em junho”, cravou a presidente.
Confira no áudio acima a entrevista completa de Dilma Pena, que ainda falou sobre os recursos que a Sabesp recebe, a possibilidade de abastecimento por outras represas e sobre as críticas que a empresa recebeu.
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