Presidente da Turquia diz que atentado em Istambul procura desestabilizar o país
O atentado terrorista contra a boate Reina, uma das principais casas noturnas de Istambul, no qual morreram pelo menos 39 pessoas, procura desestabilizar a Turquia, disse neste domingo (1) o presidente do país, Recep Tayyip Erdogan.
“Estão tentando desestabilizar nosso país e destruir a moral do povo criando o caos. Mas estamos decididos a eliminar estas ameaças em seu ponto de origem”, disse o chefe de Estado.
“Estes ataques cometidos por diferentes organizações terroristas contra nossos cidadãos não são independentes de outros incidentes que acontecem na região”, afirmou Erdogan.
“A Turquia está determinada a fazer o que for necessário na região para manter a segurança e a paz dos cidadãos turcos”, disse o presidente em aparente referência à luta do exército turco contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria. Nesse sentido, Erdogan fez um pedido ao povo turco para que se mantenha calmo e unido.
A Turquia lançou em agosto de 2016 a operação “Escudo do Eufrates” para derrotar, junto com o opositor Exército Livre Sírio, os jihadistas do EI no norte da Síria e também para evitar que grupos curdos tomem o controle da região na fronteira entre os dois países.
O exército turco também emitiu hoje um comunicado no qual assegura que sua “luta contra o terrorismo continuará com a mesma determinação”.
Pelo menos 39 pessoas – entre elas vários estrangeiros – morreram no ataque armado contra a boate Reina, enquanto outras 65 pessoas ficaram feridas no incidente, que aconteceu pouco depois da meia-noite no horário local.
Apesar de ninguém ter reivindicado a autoria do ataque até agora, as emissoras de televisão turcas informaram que a polícia está concentrando suas investigações no braço local do EI. No total, os militantes do EI realizaram 14 atentados na Turquia nos últimos dois anos, com um saldo total de 250 mortos, entre eles civis, turistas estrangeiros, policiais e soldados.
A rede de televisão CNNTÜRK informou que uma pessoa foi detida até agora em relação com o atentado, o taxista que transportou ao local o suposto agressor, que segue foragido.
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