Presidente da Turquia diz que “interpreta favoravelmente” vitória de Trump
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a vitória do republicano Donald Trump na corrida pela presidência dos Estados Unidos representa uma nova era para o país. Erdogan disse esperar que isso se traduza em passos positivos para a democrata, os direitos básicos e as liberdades em todo o mundo e no Oriente Médio.
“Pessoalmente e para minha nação, eu interpreto favoravelmente a escolha do povo americano e desejo um futuro repleto de sucesso”, afirmou Erdogan em Istambul, durante um discurso televisionado para empresários. O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, parabenizou Trump e previu que, com o novo líder, a “parceria estratégia Turquia-EUA estará a salvo de discussões”.
O ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, elogiou a eleição de Trump. A autoridade disse que Ancara “deseja fortalecer nossa cooperação estratégica baseada na confiança” com o governo norte-americano.
O ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, disse que uma mudança no comando dos EUA pode trazer novas nuances às relações bilaterais, mas não mudanças dramáticas. Bozdag falou à emissora estatal Anadolu, ainda antes de Trump ter selado a vitória. O ministro disse que a Turquia quer melhorar as relações com os EUA no novo governo, independentemente do vencedor.
Bozdag disse que houve um significativo esforço da mídia para apoiar a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, mas no fim das contas o que importa é a conexão que se estabelece com o eleitorado, avaliou o ministro turco. A crítica do ministro da Justiça turco ecoa a avaliação do próprio Trump sobre a cobertura da imprensa norte-americana da campanha.
O governo turco tem sido criticado por autoridades dos EUA e da Europa pelas prisões de jornalistas e de parlamentares da oposição nas últimas semanas, mas autoridades turcas rechaçaram declarações de aliados e a cobertura internacional dos fatos. Para o governo turco, a cobertura do exterior sobre o quadro na Turquia não leva em conta as ameaças de terrorismo presentes no país.
“Ninguém ganha uma eleição com manchetes de jornal, pesquisas, emissoras – no fim, é o povo que vota. Como você vê, o povo americano disse não a uma estratégia eleitoral direcionada contra sua própria vontade”, disse Bozdag.
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