Presidente da Ucrânia e a oposição declaram trégua

  • Por EFE
  • 19/02/2014 19h33

O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, e a oposição estabeleceram nesta quarta-feira uma trégua em meio às desordens violentas que explodiram em Kiev, se propagaram pelo país e deixaram 26 mortos.

“Há boas notícias. Agora se declarou uma trégua e começou um processo negociador para a estabilização da situação”, afirmou Arseni Yatseniuk, líder do principal partido opositor, Batkivschina (Pátria).

Além disso, destacou que “se cancelaram o previsto ataque e dispersão” da Praça da Independência de Kiev, onde se concentram milhares de manifestantes opositores há quase três meses.

“Depois do encontro de hoje podemos afirmar com segurança que não dispersarão a Praça da Independência. O principal é conservar a vida humana”, destacou.

Yatseniuk assegurou que as forças de segurança tinham previsto declarar o estado de exceção e ordenar a dispersão violenta da praça.

Segundo a imprensa local, os opositores convenceram o presidente que a desocupação da praça pela força ocasionaria várias vítimas mortais.

Previamente, Yanukovich tinha assegurado que os dirigentes opositores “passaram do limite quando chamaram o povo às armas”.

“E isso é uma clamorosa violação da lei. E os criminosos devem comparecer perante a Justiça, que determinará seu castigo”, acrescentou.

Enquanto isso, os opositores negam que tenham convocado as pessoas a pegar em armas já que “cada morte é uma tragédia”.

“Os trágicos fatos de 18 de fevereiro não são um roteiro escrito pela oposição política ucraniana, que foi, é e será partidária exclusivamente de formas de protesto pacíficas”, declara um comunicado emitido pelos três partidos opositores com representação parlamentar.

As forças de segurança ucranianas anunciaram hoje planos de lançar uma operação antiterrorista em todo o território nacional perante a escalada do confronto nacional.

O presidente ucraniano se reunirá amanhã com os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, França e Polônia, que viajaram com urgência a Kiev para frear a violência armada. 

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