Presidente das Filipinas lamenta ter xingado Obama, segundo porta-voz

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/09/2016 10h00
RIT11 DAVAO (FILIPINAS) 16/05/2016.- El presidente electo de Filipinas, Rodrigo Duterte, ofrece una rueda de prensa antes de su reunión con simpatizantes en Davao (Filipinas) hoy, 16 de mayo de 2016. El presidente electo de Filipinas, Rodrigo Duterte, afirmó que quiere volver a implantar la pena de muerte en el país, abolida en 2006 por la expresidenta Gloria Macapagal Arroyo, informan hoy los medios locales. Duterte, que será investido el próximo 30 de junio, quiere imponer la pena capital sobre personas que cometan crímenes relacionados con drogas ilegales, violaciones o robos de vehículos en los que el propietario sea asesinado. EFE/Ritchie B. Tongo EFE Rodrigo Duterte

O presidente filipino, Rodrigo Duterte, lamentou, nesta terça-feira, 6, ter xingado o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em um raro recuo de um político famoso por suas declarações duras contra autoridades mundiais, entre elas o papa Francisco e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas.

Em comunicado lido por seu porta-voz, Duterte disse que, embora seus “comentários fortes” em resposta a questões de um repórter tenham gerado “preocupação”, ele também “lamentou” o que foi visto como “um ataque pessoal ao presidente dos EUA”.

Duterte fez os comentários sobre Obama antes de viajar ao Laos, onde participa de um encontro regional. Ele iria ter uma reunião em separado com Obama no Laos, mas a Casa Branca anunciou o cancelamento do encontro. O comunicado de Duterte disse que os dois lados “concordaram mutuamente em adiar” a reunião.

Os EUA são um dos principais parceiros comerciais das Filipinas e cruciais para a segurança do país em sua luta contra o terrorismo no sul. Manila também precisa da ajuda de Washington para lidar com uma China cada vez mais assertiva no Mar do Sul da China. Além disso, os norte-americanos ainda enviam centenas de milhões de dólares em assistência financeira anual para as Forças Armadas das Filipinas.

A divergência começou quando um repórter questionou Duterte como ele pretendia explicar os assassinatos “extrajudiciais” de narcotraficantes para Obama. Mais de 2 mil supostos traficantes e usuários foram mortos desde que Duterte lançou uma cruzada contra as drogas após assumir, em 30 de junho. Duterte respondeu que era presidente de um Estado soberano e que não devia satisfações ao outro líder, quando xingou Obama. 

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