Presidente das Filipinas xinga Obama e faz alerta sobre questionamento

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/09/2016 13h38
RIT11 DAVAO (FILIPINAS) 16/05/2016.- El presidente electo de Filipinas, Rodrigo Duterte, ofrece una rueda de prensa antes de su reunión con simpatizantes en Davao (Filipinas) hoy, 16 de mayo de 2016. El presidente electo de Filipinas, Rodrigo Duterte, afirmó que quiere volver a implantar la pena de muerte en el país, abolida en 2006 por la expresidenta Gloria Macapagal Arroyo, informan hoy los medios locales. Duterte, que será investido el próximo 30 de junio, quiere imponer la pena capital sobre personas que cometan crímenes relacionados con drogas ilegales, violaciones o robos de vehículos en los que el propietario sea asesinado. EFE/Ritchie B. Tongo EFE Rodrigo Duterte

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, alertou, nesta segunda-feira, 5, o presidente dos EUA, Barack Obama, para este não o questionar sobre assassinatos e direitos humanos. Ambos se encontraram em Laos, durante uma cúpula regional, fazendo com que o líder filipino o ameaçasse com um xingamento.

Em coletiva de imprensa antes de viajar para Laos, Duterte disse que ele é líder de um país soberano e é responsável pelo povo filipino. Ele estava respondendo à pergunta de um repórter sobre como ele pretende explicar as execuções extrajudiciais para Obama.

“Você deve ser respeitoso. Não deve fazer perguntas ou declarações”, disse Duterte, que, em seguida, fez uso de um palavrão para se referir a Obama. O presidente dos EUA deve questioná-lo sobre a questão dos direitos humanos em um encontro bilateral que acontece durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). “Vamos chafurdar na lama como porcos se fizer isso comigo”, acrescentou o filipino.

Mais de 2.000 suspeitos traficantes de drogas e usuários foram mortos desde que Duterte lançou uma guerra contra as drogas depois de tomar posse em 30 de junho. “Quem é ele para me enfrentar?”, disse o filipino, em seu discurso, acrescentando que seu país não havia recebido nenhum pedido de desculpas dos Estados Unidos por crimes cometidos durante a colonização das ilhas.

Duterte tem se envolvido em uma série de polêmicas. Em seu discurso de lançamento da campanha, no ano passado, o presidente filipino também chamou o Papa Francisco de “filho da puta” por ter provocado engarrafamentos durante uma visita ao país, que conta com seu 80% dos habitantes católicos.

Questionado em uma coletiva de imprensa em Hangzhou, na China, se ele ainda pretende se reunir com Duterte e levantar a questão dos assassinatos extrajudiciais, Obama disse que ele instruiu seus assessores para avaliar se ainda é possível para os dois líderes terem uma reunião construtiva em Laos.

“Eu sempre quero ter certeza de que se eu estou tendo uma reunião realmente produtiva e que nós estamos começando algo”, disse Obama. Ainda assim, Obama sugeriu que poderá cancelar seus planos de se encontrar com Duterte.

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