Presidente do BCE diz que expectativas de inflação a médio prazo pioraram

  • Por Agencia EFE
  • 09/01/2014 15h05

Frankfurt (Alemanha), 9 jan (EFE).- O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou nesta quinta-feira que “pioraram as expectativas de inflação a médio prazo” assim como as condições no mercado monetário a curto prazo.

Em entrevista coletiva, Draghi disse que o BCE “está preparado para atuar caso necessário” e aplicar “todos os instrumentos disponíveis” e permitidos pelo Tratado de Maastricht para apoiar o mercado monetário e o crédito.

Além disso, afirmou que o banco observará muito de perto todos os movimentos do mercado monetário.

Antes, o Conselho do BCE decidiu manter as taxas de juros no mínimo histórico de 0,25%.

“Atuaremos quando tenhamos razões para pensar que nossas perspectivas de inflação pioraram”, disse Draghi.

O presidente do organismo acrescentou que “é prematuro declarar uma vitória” em relação à recuperação da economia da zona do euro, e por isso o BCE enfatizou o caráter expansivo de sua política monetária.

Draghi disse que a recuperação econômica da zona do euro é visível, mas que é “fraca” e que existem riscos que poderiam minar este processo, entre os quais também se encontram crise políticas.

“O Conselho de Governo enfatiza fortemente que manterá o caráter expansivo de sua política monetária o tempo que for necessário, o que apoiará a recuperação econômica gradual na zona do euro”, explicou.

“Não vemos deflação na zona do euro, mas se há uma inflação baixa durante um período prolongado de tempo é preciso estar alerta aos riscos”, comentou.

O presidente do BCE disse que existe “taxas de inflação negativas em um ou dois países, mas pela necessidade de reequilíbrio das economias em função da perda de competitividade”.

“Não vemos deflação no sentido japonês dos anos 90, não estamos no cenário japonês”, sustentou.

“A situação dos balanços dos bancos e do setor privado na zona do euro não é tão ruim como o era no Japão nos anos 90”, garantiu o presidente do BCE. EFE

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