Presidente do Cazaquistão pede redução da diferença entre ricos e pobres

  • Por Agencia EFE
  • 23/05/2014 15h15

Astana, 23 mai (EFE).- O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, pediu uma aliança entre os países para lutar contra a pobreza e impedir que a “diferença entre ricos e pobres seja a cada dia maior”, no encerramento da 7ª edição do Fórum Econômico de Astana.

Nazarbayev considerou que a diferença social não é exclusiva dos países emergentes. “Há países da Europa, que estão vivendo esta situação e citou como exemplo Reino Unido, Alemanha, Espanha e Itália”.

No encerramento discursaram o ex-presidente da Bulgária, Petar Stoyanov; o presidente do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, Martin Sajdik e o fundador do banco Grameen e diretor a da fundação que leva seu nome, Muhammad Yunus.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se comunicou com os presentes através de uma vídeo conferência e também falou sobre a ideia de erradicar a pobreza.

Ele assegurou que o organismo que dirige elaborará a agenda de 2015 em função desta necessidade global para contribuir para criar “uma sociedade mais justa para todos os habitantes do planeta.”

Nazarbayev também pediu aos países para “desenhar medidas que contribuam para finalizar com a crise mundial que gera tensões sociais e evitar assim um possível confronto.”

O conflito da Ucrânia deve ser resolvido, segundo suas palavras, “dentro da legalidade vigente” e assinalou que seu país havia se posicionado contra as soluções bilaterais porque “geram um precedente muito perigo”.

“Não se pode encontrar soluções individuais em um mundo global,” asseverou.

O banqueiro e economista de Bangladesh, Muhammad Yunus – fundador do banco Grameen, e prêmio Príncipe de Astúrias por seu trabalho a favor dos mais necessitados – defendeu o microcrédito como uma solução para erradicar a pobreza.

O prêmio Príncipe de Astúrias assegurou que 90% das solicitações de microcréditos são de mulheres que “sempre os devolvem.”

Yunus fez insistência no funcionamento destes microcréditos que “fazem circular o dinheiro, ajudam a sair da pobreza e dão a possibilidade de se formar os mais jovens.”

A sociedade capitalista, segundo o economista, “impede o desenvolvimento dos mais necessitados.”

Yunus deu como exemplo a medicina: “se introduzimos nossos dados médicos em um computador, a máquina pode nos dar o diagnóstico. O telefone celular, se lhe dermos informação de nosso corpo, pode detectar um câncer.”

“Por que não se faz?”, perguntou o economista, respondendo que a iniciativa da tecnologia em função da saúde não se realiza porque “baratearia os custos de saúde.”

Yunus assegurou que erradicar a pobreza é possível e que esta teria que “estar nos museus.”

A 7ª edição do Fórum Econômico de Astana reuniu durante três dias mais de 10.000 participantes de mais de 150 países. EFE

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