Presidente do Iêmen denuncia campanha contra seu país após ataque de Paris

  • Por Agencia EFE
  • 14/01/2015 14h49
  • BlueSky

Sana, 14 jan (EFE).- O presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, denunciou nesta quarta-feira a existência de “uma campanha informativa injusta” contra seu país após o atentado contra o semanário francês “Charlie Hebdo”, e não confirmou se Said Kouachi, um dos dois irmãos autores do massacre, treinou em território iemenita.

Hadi criticou fato de se comentar que um dos autores do atentado passou “três dias no Iêmen para aprender a usar armas”, mas que se esquece que ele permaneceu “preso dois anos na França”.

“Há uma campanha informativa injusta contra o Iêmen que se baseia em uma informação errônea sobre o ataque terrorista que ocorreu em Paris”, lamentou o presidente, segundo as declarações divulgadas pela agência oficial “Saba”.

De acordo com os serviços de inteligência franceses e americanos, Said Kouachi, de 34 anos e de nacionalidade francesa, recebeu treinamento em 2011 no Iêmen com a Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), uma das unidades do grupo terrorista mais ativa.

Said Kouachi foi preso pela primeira vez em 2005 e condenado em 2008 a três anos -a metade isentos de cumprimento- por participar da chamada “rede de Buttes Chaumont”, que recrutava jovens marginalizados para a causa jihadista, segundo o governo da França.

Seu irmão, Chérif, de 32 anos, passou 18 meses em uma prisão na França por tentar viajar há uma década para o Iraque para se unir à jihad.

A Al Qaeda na Península Arábica (AQPA) reivindicou hoje a autoria do atentado contra “Charlie Hebdo”, no qual morreram doze pessoas, e assegurou que a ação representa um “ponto de inflexão na história da luta contra os inimigos de Deus”.

O vídeo divulgado pela AQPA confirma a envolvimento da cúpula da unidade iemenita da rede terrorista no ataque e afirma que ele foi ordenado pelo próprio líder da Al Qaeda, o egípcio Ayman al-Zawahiri. EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.