Presidente do Iêmen nomeia novo encarregado de Relações Exteriores

  • Por Agencia EFE
  • 21/03/2015 15h32

Sana, 21 mar (EFE).- O presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, nomeou neste sábado o atual ministro da Saúde, Riad Yassin, como novo encarregado de Relações Exteriores, dois meses depois da renúncia do governo, informou em comunicado o escritório do chefe de Estado.

Yassin substituirá o ex-ministro Abdullah al Saidi, que renunciou no dia 21 de janeiro junto com o restante do Executivo do ex-primeiro-ministro Khaled Bahah.

Apesar da renúncia do Gabinete, meses depois que o movimento rebelde dos houthis tomou o controle da capital Sana, vários ministros, entre eles Yassin, aceitaram continuar exercendo suas funções na cidade de Áden, no sul do país, onde Hadi também se estabeleceu e tenta recuperar seus poderes.

O presidente fugiu para Áden, a segunda maior cidade do país, no dia 21 de fevereiro, quando conseguiu escapar da prisão domiciliar à qual foi submetido pelos houthis em Sana.

Hoje mesmo, o presidente iemenita pediu aos houthis, que também controlam a maioria das províncias do norte do país, que retirem suas milícias da capital, ponham um fim a seu domínio sobre as instituições do Estado e devolvam as armas que roubaram dos quartéis militares.

O Iêmen está imerso em um profundo conflito político, agravado desde que Hadi se retratou de sua renúncia em Áden e anunciou que continuava sendo o presidente legítimo do país, em oposição ao que foi ditado pelos houthis.

Além disso, o país enfrenta as operações de grupos jihadistas que atacam de forma frequente às forças militares e de segurança, e também atentam contra os houthis e a comunidade xiita do país.

Ontem, 154 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em atentados contra duas mesquitas xiitas em Sana, que foram reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico.

Em uma carta de condolências enviada aos familiares das vítimas, o presidente Hadi qualificou os autores do ataque de “inimigos da vida”, e acrescentou que os mesmos querem “desestabilizar a segurança e a estabilidade da pátria” e “levar o país a uma guerra religiosa”. EFE

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