Presidente do Iêmen se reune com governo e grupos políticos para cessar crise
Sana, 20 jan (EFE).- O presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi se reunirá nesta terça-feira com o governo e os partidos políticos para tentar elaborar uma saída da crise com o movimento xiita dos houthis, que assediaram o palácio presidencial ontem e participarão do encontro.
Segundo a agência oficial “Saba”, o primeiro-ministro, Khaled Bahah, convocou para a reunião de “emergência” as partes que assinaram o Acordo de Paz e de Associação, assinado pelos houthis com o governo e o resto dos grupos políticos após invadir Sana em setembro.
O objetivo da reunião é “estabelecer um roteiro prático e urgente para acabar com a violência e evitar o desvio do processo político”, explicou a ministra iemenita de Informação, Nadia Sakaf.
Os confrontos de segunda-feira entre os combatentes houthis e a guarda presidencial ao redor do palácio presidencial de Sana causaram nove mortes e deixaram 46 feridos, disse à Agência Efe uma fonte oficial.
Esses enfrentamentos cessaram horas depois, quando as partes firmaram um cessar-fogo, que não evitou que os houthis assediassem a residência de Bahah na capital.
Segundo confirmou o porta-voz do governo, Rayeh Badi, em entrevista à imprensa local, os rebeldes houthis cercaram a casa do primeiro-ministro nas últimas horas.
O movimento xiita controla desde setembro de 2014 a capital iemenita e sua província, assim como outras seis regiões do país.
Sua expansão militar forçou em setembro a formação de um novo governo no Iêmen e a assinatura de vários acordos com a presidência para colocar fim ao conflito.
No entanto, os houthis, que já pegaram em armas contra as autoridades em várias ocasiões entre 2004 e 2010, não respeitaram o ponto que exige a retirada de seus milicianos das cidades.
Atualmente, reivindicam uma maior participação no poder, um pacto contra a corrupção, a aplicação dos acordos de setembro e a cessação do atual processo para aprovar uma nova Constituição, que estabelece seis regiões em vez das duas que eles exigem. EFE
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